Diário da Manhã

quarta, 08 de maio de 2024

Notícias

MERCADO DE NOTÍCIAS: Documentário sobre jornalismo

05 dezembro
17:23 2014

Por Carlos Cogoy

Jorge Furtado e as atrizes Úrsula Collischonn, Janaína Kremer, Mirna Spritzer e Irene Brietzke CRÉDITO: Fábio Rebelo

Jorge Furtado e as atrizes Úrsula Collischonn, Janaína Kremer, Mirna Spritzer e Irene Brietzke
CRÉDITO:
Fábio Rebelo

Neste sábado às 15h no auditório do prédio 2 do Centro de Artes (CEARTES/UFPel) – rua Álvaro Chaves 65 -, exibição do documentário “O mercado de notícias” (2014). A direção é de Jorge Furtado, e a produção é da Casa de Cinema de Porto Alegre. A promoção é do Zero Quatro Cineclube do CEARTES. Haverá degustação da Garage Bakery. ENTRADA FRANCA.

IDEIA – Documentário desenvolve-se em etapas. E Furtado abre com peça homônima de Ben Jonson, cujo título foi aproveitado para o filme, e escrita em 1625. Na sequência, depoimentos de treze jornalistas com atuação nas editorias de política. Noutro momento, temas recentes que polemizaram o jornalismo no Brasil. Em 2011, o projeto foi selecionado no Edital de Apoio à Produção de Obras Audiovisuais Cinematográficas do Gênero Documental do Ministério da Cultura.

HUMOR – Com 94 minutos de duração, documentário, conforme realizadores, propõe a abordagem “sobre jornalismo e democracia. O filme traz os depoimentos de treze importantes jornalistas brasileiros sobre o sentido e a prática de sua profissão, o futuro do jornalismo e também sobre casos recentes da política brasileira. O surgimento do jornalismo é apresentado pelo humor da peça ‘O Mercado de Notícias’ do século 17.  Trechos da comédia de Jonson, montada e encenada para a produção do filme, revelam sua espantosa visão crítica, capaz de perceber na imprensa de notícias, recém-nascida, uma invenção de grande poder e grandes riscos”.

CRÍTICAS – Acerca do filme, Luiz Zanin escreveu no Estado de São Paulo: “Em tom satírico são evocados casos jornalísticos recentes em que pseudonotícias ganharam espaço e ressonância que não mereciam. Algumas são apenas ridículas, ouro de tolo; outras podem estragar vidas. A notícia é recorte do real, uma interpretação do mundo tal como ele se apresenta. É matéria-prima fluida e escorregadia. Mal apurada ou distorcida, pode acarretar desastres. Sobre as pessoas envolvidas ou sobre o próprio jornalismo, que sobrevive da sua credibilidade. O filme provoca riso. Mas também reflexão”. E Neusa Barbosa no Cineweb, publicou lúcida abordagem. Trecho: “O documentário debate a própria essência do jornalismo, ou seja, a obrigação de escolher o que publica ou não, o que cobre ou não, a necessidade de encontrar a novidade, de revelar histórias, equilibrando essa urgência com outra, não menos crucial: a da própria sobrevivência econômica e comercial. Um aspecto que leva alguns a apostarem no sensacionalismo e, em última análise, no antijornalismo, para garantir altas tiragens e grandes receitas publicitárias. Entre outros riscos implícitos à atividade, os jornalistas sempre dependem das fontes e elas, como se sabe, não raro têm seus interesses – que precisam ser ‘filtrados’, como observa no filme Geneton Moraes Neto.  Há uma indiscutível atualidade na discussão proposta por ‘O Mercado de Notícias’ no Brasil atual, em que a imprensa tantas vezes pauta o debate político. Sempre foi assim? Depoimentos lembram que, até o golpe de 1964, havia uma identificação entre jornais e partidos – cada um tinha o seu. Depois, praticamente todos se unem na resistência ao regime autoritário, que finalmente atingiu os interesses gerais, pela censura. Depois da redemocratização, em 1985, tornam-se não raro, muito conservadores”.

TREZE entrevistados: Bob Fernandes; Cristiana Lôbo; Fernando Rodrigues; Geneton Moraes Neto; Janio de Freitas; José Roberto de Toledo; Leandro Fortes; Luis Nassif; Maurício Dias; Mino Carta; Paulo Moreira Leite; Raimundo Pereira e Renata Lo Prete. Saiba mais sobre os profissionais acessando o site: omercadodenoticias.com.br

EQUIPE – Furtado contou com o elenco: Janaína Kremer; Ismael Caneppele; Nelson Diniz; Zé Adão Barbosa; Antônio Carlos Falcão;  Eduardo Cardoso; Elisa Volpatto. Na equipe: Nora Goulart (produção executiva); Jacob Solitrenick e Alex Sernambi (direção de fotografia); Fiapo Barth (direção de arte); Rafael Rodrigues (som direto); Leo Henkin (música); Giba Assis Brasil (montagem); Bibiana Osório (pesquisa); Nicky Klöpsch (direção de produção); Janaína Fischer (assistente de direção); Bel Merel (coordenação de finalização); Rosângela Cortinhas (figurinos); Kiko Ferraz Studios (estúdio de som); Rocket (animações); Cubo Filmes (finalização).

Comentários ()

Seções