Diário da Manhã

domingo, 28 de abril de 2024

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Mortes e insegurança geram protesto e interdição na BR-392

18 outubro
15:56 2013

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Políticos, empresários, trabalhadores, professores, estudantes, moradores do interior, viajantes e Imprensa somaram cerca de 500 pessoas, presentes em manifestação de protesto, na manhã de hoje (18/10), pela falta de segurança, que já resultou em mortes, no km 83 da BR-392.   O trânsito na rodovia foi interrompído por 45 minutos. Na localização, estão os acessos a Monte Bonito e ao Passo da Micaela.
 O vereador Roger Ney e o deputado estadual Catarina Paladini acompanharam a manifestação e vão elaborar expediente conjunto, endereçado ao DNIT, solicitando a instalação de lombadas eletrônicas e o rebaixamento da vegetação da curva (sentido Canguçu/Pelotas), que impede a visibilidade do movimento da BR. Empresários, principalmente dos ramos das pedreiras localizadas naquelas proximidades, defendem o projeto de construção de uma passarela  ou um trevo bem planejado.
 Estudantes das escolas Bruno Chaves (Passo da Micaela) e Marechal Rondon (Monte Bonito) empunharam cartazes com inscrições “Paz no trânsito”, “Pare! Salve uma vida”, “No trânsito, não existe nada mais importante do que a sua vida”, e outros. Durante a manifestação, fizeram orações no ponto do acidente ocorrido dia 5 deste mês, com lesões numa colega, menor de idade, que ainda está hospitalizada, e morte de familiares.
Segundo relatos, em curto período sete pessoas foram vítimas fatais, além de outras lesionadas e grandes prejuízos. A insegurança daquele trecho da BR-392 é sentida por cerca de quatro a cinco mil pessoas que residem ou trabalham no Passo da Micaela, Monte Bonito e outras localidades do interior, e por familiares e amigos que as visitam, principalmente nos fins de semana.
O vereador Roger Ney  e o deputado Catarina Paladini frisaram que, além da manutenção das pistas, a empresa que tem a permissão do pedágio também é responsável pela segurança, devendo participar da solução para acabar com o quadro trágico que se configura naquele quilômetro.
As presenças de destaque e os protestos mais enfáticos, além dos políticos, ficaram por conta de empresários e trabalhadores da tradicional fábrica Conservas Schramm, da Farmalar e das pedreiras Mac Engenharia e Silveira, cujo proprietário Jaime Artur Silveira chegou a comentar que colocou sua firma à disposição para serviços de detonação da área necessária para construção de uma passarela.
 Roger Ney e Catarina Paladini enfatizam que há necessidade de medidas imediatas do DNIT, considerando o crescimento da demanda de transporte em direção a Rio Grande, em razão do incremento das atividades da indústria naval, bem como das obras de duplicação da BR-116, cujos insumos básicos são pedra, saibro e areia, aumentando o movimento de caminhões com saída e chegada naquele trecho crítico, onde se localizam as firmas do ramo.
camera nova 2 001Das escolas Bruno Chaves (Micaela) e Marechal Rondon (Monte Bonito), professoras, alunos, pais e condutores do transporte escolar registraram seu receio permanente e intranquilidade. A travessia de um lado para outro é arriscada. Nos dois sentidos da rodovia as curvas são acentuadas “e motoristas não respeitam os limites de velocidade. A visibilidade não é ampla e as perdas estão acontecendo de forma dolorosa e trágica.”
A Imprensa esteve presente, registrando a manifestação. Imagens e depoimentos deverão servir para fortalecer as reivindicações que serão encaminhadas às autoridades pelo vereador Roger Ney e pelo deputado Catarina Paladini. A Polícia Rodoviária Federal, com viaturas e efetivo, garantiu a ordem durante os 45 minutos de interrupção do trânsito na rodovia, prestando informações e esclarecimentos para conscientizar os viajantes.
A iniciativa de promover a manifestação foi do empresário Elton Martins Azevedo, que possui propriedade naquela região e é testemunha da falta de segurança no Km 83 da rodovia. Estudantes, em passeata, foram porta-vozes daquelas comunidades, que se uniram para levar à estrada a sua aflição e a dor das perdas. Em coro, repetiam “queremos segurança!”

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