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segunda, 06 de maio de 2024

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Museu da Cidade vai sair do papel

Museu da Cidade vai sair do papel
08 dezembro
10:19 2021

Pelotas ficou em primeiro lugar no edital estadual + Museus, do programa Avançar na Cultura

O município de Pelotas foi contemplado pelo Edital 10/2021 + Museus, do programa Avançar na Cultura, da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), e deve receber recursos para a implantação do Museu da Cidade, a partir do ano que vem, no Casarão 6 da Praça Coronel Pedro Osório. O projeto, que contou com a colaboração de especialistas e pesquisadores de diversas áreas, ficou na primeira colocação, com 98 pontos – o período de recursos termina nesta quinta-feira (9).

A implantação do projeto está orçada em R$ 6 milhões – a Prefeitura deve entrar com R$ 1,5 milhão de contrapartida e o Estado com R$ 4,5 milhões. A liberação dos recursos deve ocorrer em parcela única, após publicação da súmula o convênio no Diário Oficial do Estado (DOE-RS), e a prefeitura terá prazo de dois anos para executar o projeto.

Diretor do Theatro Sete de Abril e responsável pela equipe de implantação do Museu da Cidade, Giorgio Ronna explica que o Museu da Cidade de Pelotas pretende realizar uma espécie de “arqueologia” do município, fazendo ver e pensar sobre as várias camadas que a cidade de hoje encobre, com vistas a refletir e agir no presente e a projetar o futuro do município, da região e do país.

“Não se trata de um memorial que congele o passado notável, um museu de relíquias ou um gabinete de curiosidades. A cidade está viva e pulsa, e o Museu, como ela, deve pulsar, estabelecendo um diálogo vivo entre as tradições históricas da cidade com as práticas artísticas contemporâneas”, pondera Ronna.

Outro diferencial da proposta é a formação de um Centro de Documentação e Referência sobre a história do município e do estado, focado na produção historiográfica, musical e cinematográfica local e regional.

A previsão é de que no primeiro ano o Casarão 6 passe por uma readequação para estar em condições de abrigar o Museu da Cidade (restauro, tratamento de esquadrias, pintura, etc.)

Readequação

A previsão é de que no primeiro ano o Casarão 6 passe por uma readequação para estar em condições de abrigar o Museu da Cidade (restauro, tratamento de esquadrias, pintura, etc.) Depois disso, serão realizadas melhorias complementares, como instalações elétricas, sistema luminotécnico, de climatização e de sonorização, acessibilidade e no Plano de Prevenção de Incêndios (PPI). A partir do segundo ano, será executada a Museografia, com preparação das salas: Praça das Artes, Panorâmica, Memorial da Casa, História Animada e Memórias do Esquecimento. O projeto também prevê aquisição de equipamentos tecnológicos e mobiliário, comunicações visuais e sensoriais e montagem do material que ficará em exposição.

Sobre o projeto

A ideia do Museu da Cidade de Pelotas foi criada em 2012, através da Lei Municipal N. 5.952 para ser instalado na Casarão 6, tombado em nível federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1979. Em 2013, o Projeto de Criação e Implantação do Museu da Cidade foi inscrito e aprovado no PAC Cidades Históricas do IPHAN. Em 2014, a Prefeitura contratou o escritório Texto e Imagem de São Paulo para a elaboração da Curadoria dos Conteúdos do museu, do Plano Museológico, do Plano Museográfico, do Projeto de Arquitetura, Conservação e Restauração do Museu, assim como dos Projetos Complementares de Engenharia contendo todas as adaptações necessárias para sua implantação no prédio histórico. O projeto foi finalizado em 2016, com aprovação da Secretaria de Cultura (Secult) e do IPHAN.

Equipe de especialistas e pesquisadores

A criação de um museu com tal complexidade exigiu a montagem de uma equipe multidisciplinar formada por especialistas com trabalhos significativos em suas respectivas áreas do conhecimento. Reuniu-se, então, um grupo que inclui antropólogos, sociólogos, historiadores, museólogos, especialistas em literatura, ecólogos, cineastas, músicos, pesquisadores, artistas gráficos, arquitetos, especialistas em tecnologia de museus, cenógrafos e outros profissionais de Pelotas e de outras partes do país que, trabalhando juntos, deram forma a uma experiência singular.

Envolvidos no projeto:

  • Curadoria e direção de criação: Isa Grinspum Ferraz
  • Curador assistente: Helena Tassara
  • Arquitetura, conservação/restauração e expografia: Marcelo Carvalho Ferraz e Francisco Fanucchi / Brasil Arquitetura
  • Museologia: Cecília de Lourdes Fernandes Machado / COREM 0128-II (a partir de projeto elaborado em 2011 por Giovana Garcia Marcon / COREM 0134-I e Rafael Macedo Zitzke / COREM 0137-I).
  • História e antropologia: Prof. Dr. Lúcio Menezes Ferreira / UFPel
  • Arqueologia: Prof. Dr. Rafael Guedes Milheira / UFPel
  • Literatura: Prof. Dr. Aldyr Garcia Schlee / UFPel
  • História e iconografia: Prof. Dr. Eduardo Arriada / UFPel
  • Expressão em artes (coordenação): Prof. Dr. José Luiz de Pellegrin / UFPel
  • Expressão em artes: Lauer Alves Nunes dos Santos / UFPel
  • Expressão em artes: Carmen Regina Bauer Diniz / UFPel
  • Expressão em artes / memória gráfica: Helena Araújo Neves / UFPel
  • Arquitetura e história da cidade: Ester J. B. Gutierrez / UFPelArquitetura e história da cidade: Carlos Alberto Ávila Santos / UFPel
  • História da música: Mário de Souza Maia / UFPel
  • Produção audiovisual: Cíntia Langie e Rafael Andreazza / Moviola Filmes
  • Tecnologia expositiva: Peter Lindquist e Nicola Bernardo / KJPL
  • Design gráfico: Francisco Homem de Melo / Homem de Melo & Tróia Design
  • Pesquisa iconográfica e audiovisual: Memória Coletiva Imagens e Textos.

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