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quarta, 27 de novembro de 2024

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Museu do Doce aprova projeto no Edital do Programa do Patrimônio Imaterial do Iphan

Museu do Doce aprova projeto no Edital do Programa do Patrimônio Imaterial do Iphan
31 outubro
17:07 2023

O projeto foi contemplado com recursos, sendo o único do Rio Grande do Sul a ser aprovado. A UFPel está providenciando as solicitações do Iphan para assinar o convênio para a chegada dos recursos ainda em 2023

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel), através do Museu do Doce, aprovou projeto no Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) 2023, direcionado a projetos que tivessem o objetivo de salvaguarda do patrimônio cultural imaterial. O projeto concorreu na linha direcionada a iniciativas de apoio e fomento aos bens inscritos em um dos Livros de Registro do Iphan.

A proposta aprovada, denominada “Produção, reprodução cultural, valorização, difusão e fomento da Tradição Doceira de Pelotas e Antiga Pelotas (Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo, Turuçu)/RS”, busca mobilizar diversos atores e instituições objetivando valorizar, difundir e fomentar a tradição doceira de Pelotas e Antiga Pelotas (Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo, Turuçu).

Nessa perspectiva, as ações desenvolvidas no âmbito desse projeto buscarão valorizar o conhecimento já produzido sobre as tradições doceiras, a partir de atividades em espaços formais e não formais de ensino e educação, além de diferentes formas de comunicar esse saber-fazer doceiro.

Os detentores desses conhecimentos são foco do projeto, na medida em que serão chamados a protagonizar essas ações, com destaque àqueles ligados aos saberes relativos à produção e reprodução dos doces de frutas (coloniais) e doces de bandejas, buscando-se integrar exemplos que ficaram à margem do Inventário já realizado, principalmente os da periferia da cidade e moradores dos quilombos.

Dentre as estratégias propostas estão definidos o mapeamento participativo de doceiras e doceiros, a produção de materiais bibliográficos, audiovisuais, sonoros e outros, acessíveis, relativos à tradição doceira da região, ações educativas, além da organização de exposição museológica, explorando recursos assistivos, bem como a elaboração de aplicativos e outras ferramentas ligadas às tecnologias de comunicação.

As ações do projeto serão desenvolvidas a partir do Museu do Doce da UFPel e de equipes da Universidade em parcerias com atores locais que estejam diretamente vinculados a esses saberes-fazeres tradicionais. Temas caros à história local e que atravessam as tradições doceiras estão no centro dessas iniciativas, tais como o histórico local de imigração, as relações das tradições doceiras com o contexto histórico, social, natural e cultural, com destaque para questões relativas às influências da cultura africana na religiosidade local e doces utilizados como ofertas nesses contextos de espiritualidade.

A metodologia a ser utilizada é a participativa, em que os sujeitos serão co-produtores do conhecimento produzido.

O projeto foi contemplado com recursos na linha que concorreu, sendo o único do Rio Grande do Sul a ser aprovado. A UFPel está providenciando as solicitações do Iphan para assinar o convênio para a chegada dos recursos ainda no ano de 2023.

A atividade tem o apoio de Kilombo Urbano Ocupação Canto de Conexão, Comunidade Quilombola do Algodão, Associação dos Produtores de Doces de Pelotas, Cooperativa das Doceiras de Pelotas, Iya Sandrali de Oxum e Secretaria Municipal de Cultura de Pelotas.

A submissão da proposta foi liderada pela diretora do Museu do Doce, professora Nóris Leal e equipe, juntamente com o Setor de Convênios e Contratos da UFPel, com mediação da Coordenação de Arte, Cultura e Patrimônio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Prec).

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