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Para aumentar receita, Prefeitura de Pelotas já ajuizou 467 execuções fiscais em oito meses

Para aumentar receita, Prefeitura de Pelotas já ajuizou 467 execuções fiscais em oito meses
26 agosto
14:09 2025

Medida reduz inadimplência de impostos municipais como IPTU e ISS. Em todo o ano passado, número total de execuções chegou a 341

Diante de um cenário de escassez de recursos, a Prefeitura agiliza formas de aumentar a receita, recorrendo a execuções fiscais sobre impostos como o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto Sobre Serviços (ISS). Nos primeiros oito meses deste ano, a administração ajuizou 467 execuções. O número é superior a todo o ano passado, quando o município promoveu 341 ações neste sentido.

“Muito importante deixar claro à população que a Prefeitura não cobra imposto indevido e muito menos propõe o aumento da carga tributária”, diz a procuradora geral do município, Cristiane Grequi Cardoso. “Quando um contribuinte não paga, automaticamente prejudica o funcionamento de todos os serviços públicos”, acrescenta.

A eficiência da Prefeitura na busca pelo imposto devido para aumentar a margem dos serviços e investimentos que precisam ser oferecidos à população se reflete em números. Neste ano, conforme dados apresentados pela procuradora, em oito meses já entraram nos cofres do município R$ 3.107.787,31 decorrentes de impostos em atraso. Ano passado, em 12 meses, um total de R$ 5,4 milhões. Detalhe: no atual ano fiscal, mesmo com o aumento de execuções, ainda não estão incluídos os valores referentes aos parcelamentos, cujo montante proveniente deste tipo de negociação está apenas começando a ingressar nos cofres públicos.

Outro dado: a expectativa de arrecadação neste ano com o total gerado com a execuções fiscais em andamento é da ordem de R$ 106,5 milhões. Ano passado, foi menos da metade – R$ 51,2 mi.

Modus operandi

Para agilizar esse processo, a atual gestão promoveu alterações internas de fluxos no procedimento prévio, que implica envio de cartas aos contribuintes informando sobre a dívida e a realização de protesto em cartório para cobrança administrativa. Apenas quando não ocorre o pagamento é feito o ajuizamento da ação de execução fiscal. O processo de cobrança de Dívida Ativa ocorre internamente na PGM e conta com a atuação de oficiais administrativos, auditores e, quando do ajuizamento, de procuradores municipais.

“É a maneira de resgatar aos cofres públicos os valores devidos a título de impostos, os quais se traduzirão em investimentos e melhorias nos serviços públicos, além de coibir a sonegação de impostos e evitar que apenas poucos cidadãos fiquem sobrecarregados com o pagamento de impostos, enquanto outros permanecem inadimplentes”, justifica Cristiane.

Ela reforça também a importância de agilizar a cobrança devido ao risco da prescrição em cinco anos (chamado prazo prescricional) e que o município sofra com a falta de recursos, reduzindo a capacidade de investimento. “Quando o Prefeito envia o orçamento anual, ele conta com a entrada desse montante para quitar as dívidas, por isso é preciso garantir que os valores efetivamente entrem nos cofres públicos”, explica.

O que são execuções fiscais

Execuções fiscais são um tipo de ação judicial, que recebe um procedimento de tramitação diferente das demais ações, e tem por objetivo a cobrança de tributos que não tenham sido pagos no prazo legal. No âmbito do município, as execuções fiscais costumam ser principalmente para a cobrança de IPTU e ISS.

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