Páscoa 2024: expectativa de crescimento nas vendas
Avaliação econômica da Fecomércio-RS analisa influências da conjuntura sobre dinâmica esperada das vendas para a data
A Páscoa de 2024 se aproxima em uma conjuntura relativamente favorável para a data, dando suporte a expectativa de vendas maiores que em 2023. A avaliação é da Fecomércio-RS, que pondera, dentro da conjuntura atual, o papel positivo da sustentação do mercado de trabalho e renda e o quadro recente de desinflação que foi puxada por alimentos. Entre a Páscoa de 2023 e 2024, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a inflação de alimentos no domicílio, medida pelo IPCA-15, passou de 13,65% em fev/23 para 0,96% em fev/24. Apesar da dinâmica da contribuição desses aspectos para a sustentação do consumo das famílias de bens essenciais, a avaliação pontua que neste ano os diferenciais de emprego no RS e dos recursos transferidos às famílias em relação ao ano passado serão menores que os diferenciais verificados de 2023 sobre 2022, e o cenário do crédito, por mais que a Selic esteja em queda, por ora ainda é marcado por restrição na oferta de crédito e melhoras apenas marginais na inadimplência.
Cautela e pesquisa de preços devem pesar na decisão de compra
Outro ponto importante levado em conta pela avaliação da equipe econômica da entidade diz respeito à confiança das famílias, aspecto que pesa desfavoravelmente a uma expectativa maior de expansão de consumo. O patamar muito deprimido da Intenção de Consumo das Famílias (ICF-RS) e muito abaixo do mesmo período de 2023 indica que a cautela predomina e deve repercutir nas estratégias e nas decisões de compras de famílias para a data, sobretudo em pesquisa de preços e composição da cesta de presentes.
Nesse sentindo, muita atenção dos consumidores deve estar na percepção sobre os preços dos itens mais procurados para a data. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, pelos dados do IPCA-15, os chocolates em barra e bombons acumulam queda de 0,60% em 12 meses até fevereiro, apresentando uma dinâmica que deve favorecer as vendas desses itens que podem ser alternativas de presentes mais em conta que a opções de ovos de Páscoa propriamente ditas. Já os pescados, consumidos principalmente na Sexta-Feira Santa, não apenas estão mais caros (8,16%) em relação à alimentação no domicílio e à cesta média da economia (4,45%), como também tiveram aumento maior que o verificado nos 12 meses até fevereiro do ano anterior (7,45%).
“O movimento da Páscoa não fica restrito à venda dos tradicionais itens de chocolate, lembranças temáticas e alimentos para a Seixa-Feira Santa. O feriado prolongado é importante para os serviços, sobretudo com o movimento esperado nas regiões turísticas. Para quem se prepara para as vendas e para o movimento, as estratégias dos produtos/serviços ofertados – kits, precificação, condições de pagamento – precisam considerar o perfil e as necessidades do público-alvo, mas descuidar do fluxo de caixa e da gestão financeira do negócio.” comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.
Tanto para lojistas quanto para os consumidores, a avalição traz dicas para quem tem a data no radar. Confira:
Sugestões para os lojistas aumentarem as vendas nessa Páscoa
- Crie uma campanha específica para a Páscoa
- Aposte na presença digital
- Prepare o seu time para o atendimento
- Pesquise tendências
- Prepare seu estoque com antecedência
- Teste novos fornecedores
- Faça parcerias
- Converse com seu público
- Crie combos
- Facilite condições de pagamento dentro das suas condições de financiamento ao cliente
Sugestões para os consumidores fazerem melhores compras nessa Páscoa:
- Pesquise preços: com elevada oferta de produtos e marcas, pode haver variação significativa de preços entre lojas diferentes
- Se você quer comprar ovos de Páscoa, antecipe as suas compras. Em 2024, há considerável diversidade de gramaturas, mas as gramaturas menores tendem a ser as que se esgotarão antes.
O valor da grama de chocolate varia muito do formato. Em barras e bombons, o chocolate costuma ser bem mais barato.
Fotos: Agência Brasil