Diário da Manhã

sexta, 03 de maio de 2024

Notícias

Pequenas Frutas, oportunidade para pesquisa e mercado

Pequenas Frutas, oportunidade para pesquisa e mercado
11 abril
17:29 2014

O encerramento do VI Encontro, realizado durante três dias, nas dependências da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas/RS, com atividades dinâmicas entre conferências, mostra de produção científica e dia de campo, promoveu o intercâmbio esperado entre os diversos atores da cadeia produtiva.

Atividade promoveu o intercâmbio de experiências entre trabalhadores

Atividade promoveu o intercâmbio de experiências entre trabalhadores

Segundo a pesquisadora Márcia Vizzotto, coordenadora do evento, houve a interação entre os produtores rurais, professores, pesquisadores e estudantes de diversas regiões do país e do exterior. “Vários contatos foram realizados e, possivelmente, novas parcerias serão efetivadas, principalmente com instituições internacionais como o Bioversity international (Roma/Itália), CREAS-Centro Regional de Estudios en Alimentos y Salud (Valparaiso/Chile) e Instituições brasileiras como o NuBBE- Núcleo de Bioensaio, Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais da UNESP (Araraquara/São Paulo)”, informou.

Alguns participantes vieram expor seus trabalhos com as pequenas frutas ou frutas nativas. O saguão da Embrapa transformou seu cenário ao inserir trabalhos artesanais e de agregação de renda às propriedades da região. Esse foi o caso da família Bellé, de Porto Alegre/RS, que engajaram-se na valorização destas frutas.

Dia de campo – Na quinta-feira, 10, os participantes do VI Encontro reconheceram, durante o dia de campo, as potencialidades da produção de pequenas frutas e frutas nativas, através da adaptação de genótipos de mirtilo, frutas nativas (como pitanga, araçá e butiá), amora-preta, morango e framboesa. O dia de campo foi dividido em quatro estações tecnológicas.

Na estação Mirtilo, foi abordado o sistema de produção, propagação de plantas, manejo de poda dando aos visitantes uma ideia clara de como se produz o mirtilo na região de Pelotas. “É uma cultura que pode ser levada para outras regiões de clima semelhante”, disse o pesquisador Luis Eduardo Antunes. “O dia-de-campo é uma forma de mostrar para o agricultor o que a Embrapa vem desenvolvendo na geração de tecnologias, serve para aproximá-lo de opções que muitas vezes o produtor não conhece”, lembrou o pesquisador Luis Eduardo.

Já o espaço reservado à cultura do morango, concentrou-se em destacar os desafios na importação de mudas e como essas mudas pode serem plantadas em épocas diferenciadas do ano. “É uma forma do agricultor agregar valor ao seu produto e ele se tornar independente”, considerou o pesquisador responsável Sandro Bonow.

A estação voltada ao cultivo da framboesa apresentou as características de comportamento das plantas e a adaptação de variedades ao clima e solo da região de Pelotas.

Nas frutas nativas, o pesquisador Rodrigo Franzon anunciou o lançamento, em breve, de duas novas cultivares de araçá e duas novas cultivares de pitanga. Já a pesquisadora Maria do Carmo, após vários testes de seleções com amoras-pretas, deve lançar uma nova cultivar, que prolongará sua época de colheita, plantas mais eretas e com poucos espinhos e frutos sem acidez. “Nosso trabalho é trazer melhores condições de produção ao agricultor e aspectos atrativos ao mercado”, falou Maria do Carmo.

A participação de visitantes do Uruguai trouxe um espaço à discussão e a troca de experiências, nas quais os dois países buscam fomentar o consumo de pequenas frutas e frutas nativas, assim como vêm estudando novas possibilidade de uso e conservação. “Trabalhamos quase as mesmas espécies no Uruguai. É a oportunidade de discutirmos resultados de produção, pois há espécies que conhecemos pouco e são difíceis de trabalhar”, falou a professora da Universidade República do Uruguai, Beatriz Vignale.

O dia de campo foi finalizado com a visita ao Projeto Quintais Orgânicos de Frutas na Estação Experimental Cascata (ECC) e logo a seguir à propriedade rural. “A visita à casa do produtor Eldo Heitwig, no final do dia, foi de fundamental importância para mostrarmos a realidade da pequena propriedade. A beleza da colônia de Pelotas impressionou a todos os visitantes nacionais e internacionais”, considerou a pesquisadora Márcia Vizzotto.

Notícias Relacionadas

Comentários ()

Seções