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domingo, 28 de abril de 2024

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Portugueses dão início a negociação para se instalarem no porto de Pelotas

04 abril
16:07 2014

Uma reunião no início da manhã desta sexta-feira deu largada às negociações para a instalação do grupo português TMB (Terminal Multiuso do Beato) no porto de Pelotas. De acordo com o presidente da empresa, Sebastião Figueiredo, a intenção é concluir a negociação o mais breve possível, para que ainda em 2014 sejam feitas as obras de adequação do espaço e a compra de equipamentos necessários.

Durante a visita, o presidente do grupo TMB, Sebastião Figueiredo, secretário João Vitor Domingues, deputada Miriam Marroni e deputado Fernando Marroni (Foto: Roberto Witter)

Durante a visita, o presidente do grupo TMB, Sebastião Figueiredo, secretário João Vitor Domingues, deputada Miriam Marroni e deputado Fernando Marroni (Foto: Roberto Witter)

As primeiras conversas iniciaram há alguns meses, quando os empresários fizeram os primeiros contatos com o secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, João Vitor Domingues, e a deputada estadual Miriam Marroni (PT).

“A empresa possui um plano de operações bem amplo no Estado, e eles enxergam o porto de Pelotas, em função da consolidação da Hidrovia Brasil – Uruguai, como um terminal atrativo, tanto para a operação de cargas, quanto para a construção de um estaleiro para a fabricação de barcaças”, explica Miriam.

Na visão dos empresários, além das barcaças, a proximidade com o porto de Rio Grande proporciona a exploração de outro viés do mercado, que é o reparo de embarcações e até mesmo a fabricação de barcos de menor porte, que sirvam de apoio à operação de grandes navios ou de plataformas de petróleo.

Logo após uma visita ao cais do porto, uma segunda reunião de trabalho foi realizada no auditório do Centro de Integração do Mercosul, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O encontro serviu para que o secretário João Vitor, o superintendente de Portos e Hidrovias do Estado, Arlindo Bonete, e o representante do Grupo TMB fizessem apresentações sobre a retomada do transporte fluvial no Rio Grande do Sul e os planos da empresa portuguesa em solo gaúcho.

Hidrovia Brasil – Uruguai – Apontada como a grande propulsora da retomada mais efetiva das operações no porto, a nova hidrovia deverá entrar em funcionamento a partir da dragagem do Canal do Sangradouro, o que deve iniciar até o fim do primeiro semestre deste ano.

“A Hidrovia faz parte de um programa do governo federal para ampliar a integração dos modais de transporte, e foi um pedido especial do presidente José Mujica à presidenta Dilma”, observa o deputado federal Fernando Marroni (PT), que também integra as negociações.

O governo federal irá investir R$ 217 milhões na implementação do lado brasileiro da hidrovia, em com recursos do PAC 2. Na quinta-feira, dia 10 de abril, em um seminário com a presença do governador Tarso Genro e do ministro dos Transportes, César Borges, será apresentado o estudo de viabilidade técnica e ambiental da hidrovia.

Reunião do início da manhã, no porto de Pelotas (Foto: Roberto Witter)

Reunião do início da manhã, no porto de Pelotas (Foto: Roberto Witter)

Novo acesso ao porto – A determinação do governo federal em implementar a Hidrovia Brasil – Uruguai faz com que outro investimento entre na pauta do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit): o novo acesso ao porto de Pelotas, ligado a uma alça de acesso à ponte sobre o Canal São Gonçalo, que será construído dentro das obras de duplicação da Br-392.

Grupo Ox – Além das tratativas envolvendo o Grupo TMB, outra reunião também discutiu possibilidades de incremento de operações no porto de Pelotas. Representantes do Grupo OX solicitaram ao governo gaúcho a liberação para utilizar parte do cais do terminal.

“Eles precisam de espaço para receber embarcações com cargas de pescado vindas da região das Malvinas. As embarcações pesqueiras atracariam no porto de Pelotas, onde a carga seria retirada e embarcada em contêineres transportados em caminhões até o Terminal de Contêineres do porto de Rio Grande, onde posteriormente seriam exportados a outros países”, sintetiza a deputada Miriam.

Um processo de análise do empreendimento foi aberto na Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI). De acordo com João Vitor, técnicos da AGDI, órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), deverão analisar o pedido e iniciar as tratativas logo em seguida.

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