Prefeitura ajusta detalhes de projeto para primeira infância com UFPel
Programa de Atenção Precoce na Infância (ProAPI) é um piloto que contemplará oito escolas de educação infantil da rede municipal de Pelotas no Fragata, voltado a crianças de zero a seis anos, consideradas em risco de desenvolvimento
Em reunião de trabalho no Paço Municipal nesta quarta-feira (14), a prefeita Paula Mascarenhas conheceu novidades sobre o Programa de Atenção Precoce na Infância (ProAPI) e ajustou detalhes para firmar a parceria entre Município, através da Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Ministério da Educação (MEC). A iniciativa é um projeto piloto que contemplará oito escolas de educação infantil da rede municipal de Pelotas, com início na microrregião do Fragata, ao longo do ano letivo de 2024. O lançamento oficial do programa ocorrerá em março.
Programa piloto contemplará oito escolas de educação infantil da rede municipal de Pelotas, no Fragata, consideradas em risco de desenvolvimento. Fotos: Gustavo Vara
O público-alvo serão crianças de zero a seis anos (junto de suas famílias), consideradas em risco de desenvolvimento e aquelas apoiadas pela educação especial, matriculadas nas creches e pré-escolas das seguintes Emeis: Anita Malfati, Cassiano Ricardo, Darcy Ribeiro, Graciliano Ramos, João Guimarães Rosa, Mario Quintana, Monteiro Lobato e Zola Amaro. A intervenção será voltada à primeira infância por ser o período que se apresenta como maior janela de oportunidades para o desenvolvimento infantil.
“Esse programa tem tudo a ver com a nossa proposta de focar nas crianças, dentro do programa Pelotas, Cidade das Crianças, com atenção total à primeira infância. É muito bom quando a Universidade se aproxima do Poder Público de forma intersetorial e conseguimos melhorar as nossas práticas, com o conhecimento da universidade, enquanto servidores públicos”, ressaltou Paula.
A professora do curso de Psicologia da UFPel, Maria Teresa Nogueira, que é coordenadora-adjunta do programa, explicou que o Fragata foi escolhido como o primeiro local a receber a iniciativa por ser o maior bairro da cidade, onde será possível identificar os gargalos. A primeira formação para os profissionais envolvidos no ProAPI ocorrerá entre os dias 19 e 21, e 24 de fevereiro.
Com isso, a ideia é que a partir da identificação de crianças com potencial para serem atendidas, as famílias serão chamadas e, se aceitarem, elas serão acompanhadas dentro da escola ou fora, em algum dos serviços da Universidade. Os cursos de Medicina e Educação estão envolvidos no programa, conforme adiantou Maria Teresa.
Dentre os objetivos do ProAPI, estão assegurar às crianças a garantia de seus direitos, desenvolvimento de suas capacidades e autonomia em ambientes inclusivos e emancipatórios, da mesma forma que às famílias e professores, garantindo apoio, oportunidade e acesso a serviços e recursos dos sistemas de educação e saúde. Além disso, avançar de forma efetiva na inclusão de crianças com deficiência, transtorno do espectro autista, Altas Habilidades ou Superdotação. “Vai se completando uma rede de atenção importantíssima a esse público”, avaliou a prefeita.
Acompanharam o encontro a chefe de Gabinete, Kelli Baum, a diretora executiva da Smed, Clotilde Victoria, a diretora pedagógica da pasta, Adriane Esperança, e a coordenadora do Centro de Apoio, Pesquisa e Tecnologias para Aprendizagem (Capta), Pâmela Araújo.