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segunda, 23 de dezembro de 2024

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Prefeitura reforça ajuda para populações atingidas pela chuva

Prefeitura reforça ajuda para populações atingidas pela chuva
19 setembro
20:11 2023

De caminhão, patrola ou barco, as equipes da Secretaria de Assistência Social têm feito o socorro chegar até quem mais precisa

Desde o início da semana, quando as chuvas voltaram a cair com força na região causando uma cheia histórica da Lagoa dos Patos, a Prefeitura de Pelotas mobilizou um batalhão de servidores para atender a população atingida. Conforme dados do Sanep desde segunda-feira (18) a precipitação acumulada chegou a 96 milímetros. Com isso nas últimas 24 horas as equipes da Secretaria de Assistência Social (SAS) e Defesa Civil se espalharam pela cidade levando ajuda a centenas de famílias em áreas inundadas como, por exemplo, a colônia de Pescadores Z3, as vilas do Pontal da Barra, da Ponte e Doquinhas. Desde o dia 7 de setembro, quando a cheia começou, já foram distribuídas aproximadamente 500 cestas básicas.

Desde a madrugada desta terça-feira (19) 56 pessoas estão no abrigo montado pela Prefeitura no Salão Paroquial da Z3 (Foto: Michel Corvello)

Na Z3 desde a madrugada desta terça-feira (19), 56 moradores da vila do Cedrinho, precisaram ser resgatados de suas casas. Até o final da tarde, 13 famílias permaneciam abrigadas no salão da Paróquia João Paulo II. “Agora estamos priorizando o atendimento das famílias realojadas fornecendo tudo que for preciso para amenizar a situação em que se encontram. Já distribuímos cestas básicas e estamos disponibilizando o chuveiro do Cras para o pessoal poder tomar banho além de outras formas de apoio”, diz Carmela Pinheiro, coordenadora do Cras da Colônia Z3.

Somente nas primeiras horas de socorro as equipes conseguiram arrecadar, com a ajuda da comunidade, mais de 25 sacolas de alimentos, 30 garrafas de cinco litros de água, 20 litros de água sanitária, 60 rolos de papel higiênico, 34 cobertores, 24 colchões, 28 litros de leite, além de roupas e material de higiene para distribuir às famílias localizadas na paróquia.

“Estamos acostumados com as enchentes, até por ter noção que moramos em uma área de risco, porém não estava preparada para isso. Não tem como ficar na casa cheia d’água e por sorte a assistência social tem ajudado bastante”, comentou Maria Freitas tem 57 anos.

Enquanto as famílias da Z3 eram atendidas no salão paroquial, do outro lado da cidade, nas margens do canal São Gonçalo as assistentes sociais Raquel Nebel e Josiane Iaque percorriam a vila da Ponte, às margens da BR-392, identificando quem precisava de alimentos, roupas, colchões e outros itens. Em duas horas de caminhada, com água na altura dos joelhos, foram atendidas nove famílias que receberam sacolas básicas, roupas e itens de higiene.

“É uma ajuda que chega em boa hora, pois a situação está bem ruim com essa enchente, pois faz uma semana que não se consegue trabalhar e estamos precisando de tudo um pouco”, afirmou o catador de materiais recicláveis, Darci Pires dos Santos, 49 anos.

Equipes de assistência social da Prefeitura percorrem áreas afetadas identificando famílias em situação de vulnerabilidade e organizando entregas de alimentos e outros itens (Fotos: Rodrigo Chagas)

Se vai como dá

Servidores usam caminhonetes, barcos, patrolas ou seguem a pé até onde é preciso levar a ajuda (Foto: Rodrigo Chagas)

Chegar até as áreas inundadas tem sido um dos grandes desafios enfrentados por assistentes sociais e equipes de socorro e para conseguir isso se tem utilizado caminhonetes 4×4, caminhões, barcos e até patrolas.

Em alguns pontos, como o Pontal da Barra só é possível chegar de barco. “Durante a tarde tentamos levar cestas básicas com a ajuda de uma patrola, mas não foi possível ir adiante da curva. A estrada teve que ser fechada por causa do perigo que oferece especialmente para quem tenta cruzá-la a pé”, disse o coordenador da Defesa Civil, Fernando Bizarro.

Diante disso foi preciso montar uma operação com o auxílio da lancha do Corpo de Bombeiros, Secretaria de Assistência Social e Samu para socorrer uma moradora com suspeita de fratura em um dos pés. A mulher foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e passa bem.

Equipes em todos os cantos

Rede de Cras e Creas tem sido fundamental para garantir agilidade aos atendimentos à população (Foto: Michel Corvello)

Com o apoio da rede de atenção básica, formada pelos Centros de Referência de Atendimento de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas,) a SAS tem conseguido agilizar o atendimentos. Paralelamente mantém nas ruas uma equipe formada por 14 assistentes sociais e psicólogos, além de quatro agentes administrativos, incluindo o próprio secretário Tiago Bundchen.

“Tentamos cobrir a maior área possível com os meios que dispomos e para conseguir isso manteremos um regime de plantão 24 horas até a situação se normalizar”, diz o secretário.

 

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