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Procurado Vulgo, de Pelotas, é uma das protagonistas da série “Rock do K7”

Procurado Vulgo, de Pelotas, é uma das protagonistas da série “Rock do K7”
07 julho
08:54 2025

Luz, câmera e rock: as gravações da série “Rock do K7”, que conta a história de 10 veteranas bandas gaúchas, já estão em andamento

A produção mistura documentário e ficção para contar a história de 10 bandas gaúchas que, de alguma maneira, repercutiram entre o fim dos anos 1970 e a metade dos 1990 – período em que as fitas cassetes eram extremamente significativas, tanto pelo facilidade de acesso para ouvintes quanto para artistas que buscavam divulgar suas composições. Uma delas é a Procurado Vulgo, de Pelotas.

O grupo foi fundado na segunda metade dos anos 1980 e fez sua primeira apresentação em 7 de julho de 1987, mesmo dia em que a cidade foi fundada, então há 200 anos. Entre os feitos do grupo, está a vitória no Circuito do Rock, em 1989. Sendo a primeira colocada no concurso de bandas promovido pela RBS, a Procurado Vulgo conseguiu espaço em rádios e ganhou visibilidade. Um pouco antes, por volta de 1988, o conjunto mudou-se para Porto Alegre e galgou ainda mais espaço com composições como ‘Jéssica’ (composta já na Capital), ‘Zig’, ‘É Quem Sabe’ e ‘Querem meu Couro’ (essas outras faixas criadas antes da troca de cidade).

Vocalista Pylla (Fuga) ao lado dos diretores Marcos Borba e Neli Mombeli (casal à direita do músico) com parte da equipe do Rock do K7. Fotos: João Pedro Ribas

A série

Desde maio, estão sendo feitas captações que irão compor a parte documental da narrativa. Neste primeiro momento, foram realizadas entrevistas com músicos de Santa Maria, cidade sede da TV OVO, coletivo audiovisual proponente da iniciativa. Os bate-papos e cenas de cobertura registrados até agora tiveram como protagonistas integrantes das bandas A Bruxa, Doce Veneno, Fuga, Nocet e Serpent Rise. As próximas filmagens, em julho, incluem Pelotas e Caxias do Sul, bem como Porto Alegre, em setembro.

A Rock do K7 tem financiamento de: Instituto Estadual de Cinema do Rio Grande do Sul, Pró-Cultura RS, Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal – Brasil: União e Reconstrução. A realização é da TV OVO, tendo como produtora associada a FINISH.

“A arte, neste caso, a música, tem capacidade de marcar gerações. Quem toca e participou ativamente daquela época, recorda com carinho de tudo que experimentou. Quem ouviu e ficou marcado por uma canção, consegue reviver aqueles momentos mágicos. É muito legal ver os músicos trazendo essas recordações à tona, se emocionando”, afirma o diretor Marcos Borba, idealizador da proposta.

Som atemporal

Com enredo entre a nostalgia e o contexto atual, cada episódio do “Rock do K7” explora uma banda diferente, partindo do contexto santa-mariense, região centro do Rio Grande do Sul, onde havia uma cena representativa do estilo que popularizou a guitarra elétrica no século passado. A serra gaúcha e a parte sul do Estado também estão contempladas, respectivamente, com a banda Bandida (Caxias do Sul) e a Procurado Vulgo (Pelotas). Além de mostrar a história rockeira de cidades do interior, a iniciativa também expande os horizontes ao abordar nomes clássicos do rock gaúcho com origem na capital: DeFalla, Os Replicantes e Taranatiriça. A escolha dos conjuntos deu-se por critérios como recorte temporal, uso das cassetes e relevância histórica.

Enquanto a parte documental da série traz depoimentos de cantores instrumentistas falando sobre o passado e atualizando o que estão fazendo, a ficção é centrada na vida de Fran. A estudante de 17 anos “herda” de uma tia a coleção de K7s e toma gosto pelo material, dedicando-se à pesquisa de bandas ali gravadas e a entender o contexto espaço/tempo daqueles registros. Paralelamente, aparecem os conflitos geracionais e os dramas pessoais dos personagens.

“A ideia é que o espectador perceba, sutilmente, que os roqueiros do passado estão entre todos nós, atuando em diferentes profissões, com distintas trajetórias para contar. São histórias de vida, não apenas das bandas de rock de antigamente. Essa mescla entre o passado e o presente, a ficção e o documentário, nos conecta com o público. Mesmo que a primeira temporada aborde uma região específica do país, abre precedentes para que as futuras registrem outras áreas e até mesmo diferentes gêneros musicais”, destaca Borba.

O lançamento da temporada um do “Rock do K7” está previsto para ocorrer em 2026.

Acompanhe as novidades da série no perfil do Instagram.

 

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