Produtores gaúchos podem contar com o maior Plano Safra da história, que terá mais de R$ 364 bilhões para médios e grandes produtores
Os recursos vão apoiar a produção agropecuária nacional até junho de 2024. Plano incentiva o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis
Os produtores rurais do Rio Grande do Sul poderão contar na próxima safra com os recursos do Plano Safra 2023/2024, que terá R$ 364,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho do próximo ano. O valor reflete um aumento de 28% em relação ao Plano anterior. O número é o maior desde a criação do Plano Safra.
No Rio Grande do Sul, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) está estimado para este ano em R$ 92 bilhões, de um total nacional de R$ 1,2 trilhões.
O estado é responsável por 9,3% da produção nacional de soja, com 14,5 milhões de toneladas, de um total nacional de 155,7 milhões de toneladas, de acordo com a estimativa da safra 2022/2023 do levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento. Embora o arroz seja o segundo produto mais importante no estado, o faturamento da produção gaúcha representa R$ 11,5 bilhões. A produção de frango também merece destaque, com 21,6 milhões de cabeças.
O Plano Safra 2023/2024 incentiva o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, com redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis.
Do total de recursos disponibilizados para a agricultura empresarial, R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 26% em relação ao ano anterior. Outros R$ 92,1 bilhões serão para investimentos (+28%).
Os recursos de R$ 186,4 bilhões (+31,2%) serão com taxas controladas, dos quais: R$ 84,9 bilhões (+38,2%) com taxas não equalizadas e R$ 101,5 bilhões (+26,1%) com taxas equalizadas (subsidiadas). Outros R$ 177,8 bilhões (+22,5%) serão destinados a taxas livres.
As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp e de 12% a.a. para os demais produtores. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% a.a. e 12,5% a.a., de acordo com o programa.