Diário da Manhã

sexta, 03 de maio de 2024

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PROFESSORA DESAPARECIDA : Promotor trata o caso como homicídio

01 outubro
08:25 2015

Numa entrevista coletiva com a imprensa realizada na manhã de ontem, no auditório do Ministério Público, o promotor de Justiça, José Olavo Passos, o juiz da 1ª Vara Criminal, Paulo Ivan de Medeiros e o titular da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos, delegado Félix Rafanhim, detalharam sobre o andamento das investigações que apuram o desaparecimento da professora da Universidade Federal de Pelotas, Cláudia Hartleben, que completa seis meses no dia 9.

Familiares acompanharam coletiva

Familiares acompanharam coletiva

Desde que o caso passou da 4ª para a 1ª Vara Criminal a Justiça admite que o caso seja tratado como homicídio e que há mais de dois suspeitos, porém ainda nenhum prova concreta que sustente um indiciamento criminal. São pessoas muito próximas da professora e em seus depoimentos, caíram em contradições. É aguardado para hoje o resultado da perícia feita no computador de um dos suspeitos, e que pode dar novo rumo ao caso.  Durante a entrevista, o promotor diz que diante das circunstâncias, é cada vez mais remota a possibilidade de Cláudia estar viva.

As investigações ainda não foram concluídas e diligências serão feitas até que se tenha uma conclusão, diz o promotor. O objetivo da entrevista é de dar uma satisfação a familiares e à comunidade de que Polícia, Promotoria e Justiça estão empenhadas desde o início para esclarecer o caso, mas a falta de provas materiais, bem como a localização do corpo da vítima dificulta o andamento do inquérito e o indiciamento do autor.

Delegado Félix Rafanhim, Promotor José Olavo Passos e o Juiz Paulo Ivan Alves de Medeiros, durante entrevista coletiva à imprensa. No dia 9 de outubro serão seis meses do misterioso desaparecimento da professora universitária Cláudia Hartleben

Delegado Félix Rafanhim, Promotor José Olavo Passos e o Juiz Paulo Ivan Alves de Medeiros, durante entrevista coletiva à imprensa. No dia 9 de outubro serão seis meses do misterioso desaparecimento da professora universitária Cláudia Hartleben

No volumoso inquérito policial de mais de 1000 páginas, todas as informações foram checadas. Locais verificados, buscas e apreensões feitas, suspeitos e testemunhas foram ouvidos. A perícia feita em fios de cabelo não foi conclusiva. Constam ainda nos autos ameaças de morte que a professora havia recebido fato confirmado pelo promotor.

Segundo o delegado que conduz a investigação, são necessárias provas para haver o indiciamento de alguém, mas que a materialidade pode ser direta ou indireta, ou seja, com ou sem a presença de um corpo.

Para que as diligências realizadas pela Polícia não sejam prejudicadas, o juiz Paulo Ivan decretou o sigilo do processo.

O promotor encerrou a entrevista dizendo que todos que trabalham no caso seguirão empenhados até o final para elucidar o que ocorreu com a professora, encontrar o autor e que este pague pelo que fez, tendo a defesa a que tem direito.

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