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quinta, 21 de novembro de 2024

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Programa recruta voluntários para participar de estudo em pacientes com câncer de próstata

Programa recruta voluntários para participar de estudo em pacientes com câncer de próstata
04 julho
08:08 2024

Em parceria com o Ministério da Saúde, iniciativa conduzida pelo Hospital Moinhos de Vento incentiva tratamento menos invasivo em pacientes com câncer de próstata de baixo risco no SUS. Pelotas está incluída no estudo

Com o intuito de reduzir as intervenções desnecessárias em pacientes com câncer de próstata e minimizar eventos adversos e sequelas dos tratamentos, a estratégia de vigilância vem ganhando espaço nas instituições do Brasil. Uma iniciativa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde, está recrutando, até outubro de 2024, voluntários para participar de um estudo que busca incentivar e coletar dados dessa estratégia no SUS.

Conduzido pelo Hospital Moinhos de Vento, o projeto VigiaSUS está inscrevendo participantes em todo o Brasil, entre 18 e 78 anos, com diagnóstico de adenocarcinoma de próstata de baixo risco nos últimos 12 meses, com Escore de Gleason menor ou igual a 6. Podem participar do estudo pacientes da rede pública atendidos nos centros participantes em todo o Brasil. Para isso, basta entrar em contato com os centros sinalizados ao final do texto.

Iniciado em 2022, o projeto conta com a participação de 19 centros de tratamento oncológico do SUS em todas as regiões do país, que recebem suporte da equipe médica do PROADI-SUS para a implantação de um protocolo assistencial de vigilância ativa. Nesse acompanhamento, os pacientes são avaliados por exame clínico, PSA, ressonância multiparamétrica de próstata e biópsia prostática, podendo-se evitar ou postergar tratamentos radicais em pacientes com câncer menos agressivo.

“A otimização e o direcionamento do tratamento conservador para os casos de menor ameaça liberam vagas a pacientes com doença mais grave e possibilita um tratamento mais ágil para os pacientes com outros tumores, como pulmão e mama, que têm maior tempo de espera para a realização de intervenções e, muitas vezes, perdem vagas por ficarem atrás de cirurgias que não são urgentes”, afirma Pedro Isaacsson, oncologista e responsável técnico da iniciativa no Moinhos de Vento.

Sobre o projeto

Vinculado ao objetivo número um do Plano Nacional de Saúde, que visa promover a ampliação da oferta de serviços de atenção especializada com vista à qualificação do acesso e redução das desigualdades regionais, o VigiaSUS busca avaliar os desfechos de uma coorte de pacientes com câncer de próstata de baixo risco acompanhados pela estratégia de vigilância ativa por meio de um protocolo assistencial no SUS.

Os objetivos são incentivar e coletar dados de uma estratégia com potencial de diminuir em até 50% o número de intervenções por prostatectomias e/ou radioterapia em pacientes com câncer de próstata de risco favorável; realizar análise de impacto orçamentário da estratégia de Vigilância Ativa (VA) em relação à cirurgia e radioterapia; e avaliar os desfechos oncológicos, qualidade de vida, diferenças étnico-raciais e aspectos econômicos.

“O intuito é alocar melhor os recursos a quem precisa e, para isso, estamos trabalhando com os dados relacionados ao mundo todo, aplicando uma abordagem inovadora e eficaz no SUS”, conclui Isaacson.

Confira a relação dos centros participantes:

Hospital Escola da UFPEL – Pelotas (RS)

Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes – HUCAM Vitória (ES)

Hospital do Câncer de Barretos – Hospital de Amor – Barretos (SP)

Hospital Mario Penna – Belo Horizonte (MG)

Santa Casa de Belo Horizonte – Belo Horizonte (MG)

IAMSPE – São Paulo (SP)

Hospital Santa Izabel – Salvador (BA)

Oncocentro/Hospital São Carlos – Fortaleza (CE)

Hospital Obras de Caridade Irmã Dulce – Salvador (BA)

Hospital das Clínicas UFPE – Recife (PE)

Instituto do Câncer de Ceará – Fortaleza (CE)

Hospital Aristides Maltez- Liga Baiana Contra o câncer (LBCC) – Salvador (BA)

Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Porto Alegre (RS)

Hospital Erasto Gaertner – Curitiba (PR)

Centro de Oncologia do Estado do Amazonas – Manaus (AM)

Hospital Universitário João de Barros Barreto – Belém (PA)

Hospital de Amor de Porto Velho – Porto Velho (RO)

Hospital de Base de Porto Velho – Porto Velho (RO)

Hospital de Base de Brasília – Brasília – DF

Sobre o PROADI-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Os recursos do PROADI-SUS advém da imunidade fiscal dos hospitais participantes.

Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do PROADI-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil. Para mais informações sobre o Programa e projetos vigentes, acesse o portal PROADI-SUS.

 

Foto: Leonardo Lenskij

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