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Projeto que institui política de combate à violência e discriminação contra mulheres em ambientes esportivos é aprovado em Pelotas

Projeto que institui política de combate à violência e discriminação contra mulheres em ambientes esportivos é aprovado em Pelotas
25 abril
17:07 2025

Segundo a autora do projeto, vereadora Fernanda Miranda, a medida garante que Pelotas avance na promoção de um ambiente esportivo mais justo e seguro para todas

A Câmara Municipal de Pelotas aprovou, na quarta-feira (23), o projeto “Princesas do Sul”, que institui a Política Municipal de combate à violência e discriminação contra mulheres nos estádios, ginásios e arenas esportivas no Município de Pelotas. O PL nº 31/2025, de autoria da vereadora Fernanda Miranda (PSol), foi elaborado após um episódio de violência ocorrido durante uma competição sub-13 em Pelotas, na qual a equipe de futsal feminino que leva o nome do projeto foi alvo de ataques misóginos por parte da torcida adversária.

O projeto visa estabelecer diretrizes para prevenir e combater a violência e a discriminação de gênero em espaços esportivos. Incluindo assim, ações de promoção de campanhas educativas e informativas sobre violência e discriminação de gênero e respeito às mulheres no esporte, bem como no estabelecimento de canais para denúncia e apuração de casos de discriminação e violência.

“Essa política pública é uma resposta concreta às meninas e mulheres que seguem sendo silenciadas e agredidas no esporte. Ela garante que Pelotas avance na promoção de um ambiente esportivo mais justo e seguro para todas”, destaca Fernanda.

Relembre

Em novembro de 2024, a equipe sub-13 da escola de futsal do Esporte Clube Pelotas & Princesas do Sul foi atacada com xingamentos machistas e misóginos por parte de adultos da torcida adversária. A partida fazia parte de um torneio organizado pela Liga Zona Sul de Futsal, na qual a equipe do Princesas do Sul era a única feminina que disputou a competição e chegou à final de forma invicta.

Na época do ocorrido, houve grande repercussão nacional do caso, a situação foi encaminhada à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Pelotas e pessoas que presenciaram o caso foram ouvidas na Câmara de Pelotas.

“Esse episódio expôs a realidade cruel que meninas e mulheres enfrentam no esporte, onde o preconceito e a hostilidade ainda são barreiras para sua participação plena”, justifica a vereadora.

A coordenadora do time Princesas do Sul, Gabriela Salvador, uma das responsáveis por denunciar o caso, comemora a aprovação do projeto:

“Para nós isso é uma avanço imenso, que se tenha uma legislação que garanta espaço seguro, que garanta incentivo ao esporte feminino. Esporte é vida, é saúde, então o direito ao acesso deve ser garantido para todos. Ficamos felizes por Pelotas ser pioneira em uma lei de proteção da participação das meninas de qualquer esporte!”

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