PROTESTE avalia a qualidade de cápsulas de Ômega 3
Associação de consumidores desvenda se vale a pena investir na suplementação
O mercado oferece diversas opções de cápsulas de ômega 3, produto que tem entre seus apelos, o benefício de melhorar a memória. A PROTESTE, associação de consumidores, levou oito marcas ao laboratório para mostrar quais entregam a quantidade de ômega 3 prometida no rótulo.
Em teoria, o ômega 3, feito à base de peixe, traz dois principais ácidos graxos: o DHA (ácido docosahexaenoico) e o EPA (ácido eicosapentaenoico). Um é aliado ao bom funcionamento da memória e o outro benéfico ao sistema circulatório e cardiovascular. Essas informações estão referenciadas em uma série de estudos sobre o assunto, mesmo que não haja consenso de quanto uma pessoa deve ingerir ou que não exista uma conclusão sobre a eficácia do nutriente. De acordo com a FDA (Food and Drug Administration), a quantidade recomendada para ingestão é de 1,3 g por dia, e a máxima de 3 g.
Análise
A PROTESTE também analisou as informações presentes nas embalagens dos produtos e verificou que, no geral, as marcas se saíram bem. Entretanto, a rotulagem de alguns produtos ainda pode melhorar, já que os suplementos da Equaliv, Needs e B-Well, não informam a quantidade de colesterol na tabela nutricional, dado obrigatório. Já a marca Sundown não adverte sobre a presença de alergênicos ou derivados no formato padrão recomendado.
Algumas embalagens podem induzir o consumidor ao erro. Sundown e Lavitan destacam serem ricos em EPA e DHA, sem informar que essa é uma característica natural de todo óleo de peixe.
A PROTESTE averiguou se os dados sobre o conteúdo de DHA e EPA eram verdadeiros, segundo os critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permite que as variações sejam de no máximo 20% (para mais ou para menos), em relação à embalagem. O consumidor pode ficar tranquilo em relação a veracidade das informações. Todas as marcas apresentaram teor de EPA e DHA compatíveis com o rótulo.
Esses ácidos graxos podem ser encontrados também em diversos alimentos, sendo os pescados os mais conhecidos. Sementes e oleaginosas também podem conter ômega 3, mas, diferente dos peixes que contém EPA e DHA, elas são ricas em ALA (ácido alfa-linolênico).
No caso do DHA e do EPA, o organismo está pronto para absorver o nutriente. Já no ALA é necessário um processo de conversão – que é dependente de fatores como o estado nutricional do consumidor, se é fumante e outras coisas.
O consumidor pode trocar a ingestão de cápsulas pelo consumo de alimentos como atum, sardinha, arenque, salmão e outros peixes, além de nozes, chia e linhaça. Antes de optar pela suplementação é recomendado que o consumidor converse com um nutricionista ou médico, para avaliar sua real necessidade.
Na escolha das cápsulas é possível economizar na hora da compra. O produto da Equaliv é vendido por R$24,95* enquanto o da Divicom por R$ 67,99*. O consumidor deve ficar atento a quantidade de drágeas no frasco. Calculando, é possível verificar que ao optar pela Sundown paga-se R$65,85 por 120, enquanto escolhendo pela Sidney Oliveira, o consumidor leva o dobro por R$ 59,95. A economia neste caso é de R$ 5,90. *preços de referência.
A PROTESTE alerta para o fato de que se o consumidor sentir o odor das cápsulas pode devolver o produto. Em caso de dúvidas, é possível verificar dicas para comprar suplementos em: proteste.org.br/