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PROTESTE lança ferramenta online que compara marcas de Whey Protein

PROTESTE lança ferramenta online que compara marcas de Whey Protein
09 outubro
09:19 2018

Associação testou as principais marcas e encontrado em certa marca foi de 114% maior em relação ao apontado no rótulo, além de outras irregularidades. Além disso, criou um comparador online para que o consumidor confira os resultados do teste e todas as informações importantes antes da compra

Muita gente busca atingir seus objetivos aliando atividade física à suplementação proteica. Dentre os tipos de suplementos ofertados, o Whey Protein (proteínas derivadas do soro do leite) é um dos mais consumidos, apresentando uma enorme variedade de marcas e preços.

Sabendo da alta procura por esses produtos, a PROTESTE, associação de consumidores, testou as principais marcas disponíveis e lançou um comparador de Whey Protein para ajudar o consumidor a escolher aquele que melhor atende às suas necessidades.

Conheça os resultados e compare os produtos

                Na nova ferramenta gratuita e exclusiva criada pela PROTESTE, são disponibilizadas para os consumidores todas as informações necessárias que devem ser levadas em conta no momento da compra do Whey. Basta acessar o link proteste.org.br/whey para comparar preço médio, peso, tipo de proteína, quantidade de doses disponíveis em cada embalagem, assim como a quantidade de proteína e de carboidratos de cada produto.

Além disso, com os resultados do teste, o consumidor saberá se pode confiar nas marcas analisadas, pois em cada uma, é alertado se as quantidades de proteína e carboidratos estão superiores ou inferiores ao informado nos rótulos.

Como foi feito nosso teste

                A PROTESTE levou 30 marcas de Whey Protein em pó, sabor baunilha, ao laboratório, onde foram analisados os teores de proteína e carboidratos presentes nos produtos. Além disso, foi verificado se os rótulos traziam informações obrigatórias por lei.

Vale destacar que a legislação utilizada foi a da Anvisa, que dispõe sobre alimentos para atletas. Vigente na data da compra dos produtos, ela foi revogada pela nova resolução para suplementos alimentares. Porém, isso não modifica ou influencia os resultados do teste.

Essa não é a primeira vez que esse tipo de produto é testado pela associação: 20 marcas passaram pelas avaliações em 2014 e 30 em 2015. A boa notícia é que, neste ano, os resultados foram melhores mostrando uma evolução nos produtos oferecidos ao consumidor no país. No geral, os rótulos estão mais confiáveis, principalmente em relação ao teor de proteína, porém, há o que melhorar, já que dez marcas ainda não cumprem o que prometem na rotulagem com relação à quantidade de carboidratos.

Há diferença de até 114%

                Para essa análise, a PROTESTE levou em conta a resolução da Anvisa para alimentos em geral, que determina que informações nutricionais podem apresentar variação de até 20% por porção (para mais ou para menos).

Neste cenário, os produtos das marcas: Gaspari Nutrition, Hyperpure, Solaris, Myprotein e New Millen apresentaram variação de carboidratos maior que a permitida pela legislação, o pior resultado ficou com o BRN Foods. O teor de carboidratos encontrado foi de 114% maior em relação ao apontado no rótulo.

Há também aqueles que pecaram, mas por motivo contrário: têm menos carboidratos que o estampado na embalagem, como é o caso do Black Skull, Growth, Optimum Nutrition e BSN DNA.

A associação alerta que em ambos os casos, há uma clara desconformidade com a legislação, além de um sério desrespeito ao direito do consumidor em receber uma informação clara e precisa. Por essas e outras razões, a PROTESTE defende que os fabricantes precisam se adequar. Mesmo que a diferença entre o valor presente no rótulo e o encontrado em laboratório não trazem riscos à saúde, ela pode impactar o resultado desejado.

Além disso, foi verificado que BRN Foods, Musclepharm e Iridium possuem imagens na embalagem referentes a ganho ou definição muscular, o que, segundo a ANVISA, é irregular. Essa última marca traz ainda a frase “aumento de massa magra”, exemplo de termo proibido na legislação.

Vale destacar que nenhum dos pro-dutos analisados cita a presença de cafeína. Em nossas análises feitas em laboratório, realmente confirmamos a ausência desse componente.

Produto que se diz isolado não tem 90% de proteína, como sugerem estudos

                               Segundo estudos, o Whey concentrado caracteriza-se por conter de 29% a 80% de proteína do soro do leite, sendo o restante carboidratos e gordura, enquanto o isolado, mais puro, deveria ter uma concentração proteica de 90%.

Entre os produtos testados que se dizem isolados, o BRN Foods não traz essa quantidade de proteína, mas apenas 69,5% de concentração proteica. Contudo, é impossível penalizá-lo, visto que não existe legislação que obrigue as marcas a trazerem 90% de proteína em sua composição para poderem afirmar que são isolados.

De qualquer forma, a PROTESTE afirma que esse tipo de padronização é essencial, pois assim o consumidor saberá o que realmente está levando para casa – razão que levou a associação a cobrar providências junto à Anvisa.

O que levar em conta na hora da compra

                No geral, os produtos que se intitulam isolados são mais caros em comparação aos concentrados e o investimento nem sempre vale a pena. Segundo a médica Marília Milograna Zaneti, especialista entrevistada pela PROTESTE, o concentrado cumpre muito bem sua função. Além disso, o isolado é mais apropriado para públicos específicos, como intolerantes à lactose.

Na hora da compra, prefira ainda as marcas que trazem menos conservantes, corantes e açúcares. “Vá até a lista de ingredientes. Se ela for enorme e confusa, prefira outro produto e, ainda, veja se o primeiro ingrediente é a proteína do soro do leite”, orienta a doutora Marília.

Ademais, a PROTESTE reforça a importância de combinar uma alimentação equilibrada com hábitos saudáveis. O consumo de Whey Protein só é recomendado para aqueles que já têm uma alimentação balanceada, mas desejam aumentar seu aporte de proteínas de boa qualidade. Ou para atender quem não consegue ingerir toda a necessidade de proteína diária através da alimentação, como idosos, pós-bariátricos, ou atletas. Mas atenção, a adição de Whey à alimentação deve ser feita sob orientação de nutrólogo ou nutricionista! Só assim é possível alcançar os objetivos através desse alimento de alta qualidade e com efeitos antioxidantes e metabólicos, que favorece o ganho de massa muscular.

PROTESTE exige rótulos precisos

                As quantidades dos nutrientes precisam ser corretamente informadas no rótulo. Além disso, a PROTESTE reafirma que é necessário que haja um padrão que estabeleça a classificação dos diferentes tipos de whey protein disponíveis no mercado, pois a falta dele dificulta o acesso à informação adequada, clara e precisa. Frente aos problemas encontrados no teste, foi enviado um ofício à ANVISA solicitando as providências cabíveis.

Para ter acesso a mais informações sobre whey protein e aos resultados completos do teste, basta acessar o site da proteste: proteste.org.br

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