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quarta, 25 de dezembro de 2024

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Quase metade dos bares e restaurantes tem dívidas atrasadas, principalmente com impostos

Quase metade dos bares e restaurantes tem dívidas atrasadas, principalmente com impostos
08 julho
22:49 2023

Pesquisa divulgada pela Abrasel mostra também que número de empresas realizando prejuízo continua acima dos 20%

De acordo com pesquisa realizada com 2.615 empresários do setor entre os dias 24 e 31 de junho pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), quase metade das empresas (42%) estão com dívidas vencidas com impostos, fornecedores ou serviços públicos. Entre as empresas que têm débitos em atraso, 80% devem impostos federais, como Imposto de Renda, PIS/Cofins ou parcelas do Simples. Além disso, 53% possuem dívidas relacionadas a impostos estaduais, 35% encargos trabalhistas, 26% taxas municipais, 26% serviços de água/luz/gás/telefonia, 22% têm débitos com fornecedores de insumos e 19% estão com o aluguel atrasado.

A pesquisa também revelou que 21% das empresas trabalharam com prejuízo em maio, mantendo o mesmo índice do mês anterior. No entanto, houve um aumento no número de empresas que obtiveram lucro (de 37% em abril para 43% em maio) e uma diminuição das empresas em equilíbrio financeiro (de 41% para 35%).

Segundo pesquisa da Abrasel, 42% das empresas estão com dívidas vencidas com impostos, fornecedores ou serviços públicos. Fotos: Agência Brasil

Em relação a esses resultados, o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, ressalta: “Tivemos um aumento do número de empresas com pagamentos em atraso, principalmente impostos federais e estaduais. Hoje cerca de 10% do faturamento, em média, está comprometido com dívidas. Isto no momento em que discutimos no Congresso a reforma tributária. O que se desenha hoje pelo texto da reforma, com a alíquota cheia, é que as empresas que estão operando no setor na modalidade de lucro real cheguem a pagar até 100% a mais de impostos, e aquelas que estão em lucro presumido, 40% a mais. É uma carga inaceitável em qualquer circunstância, especialmente em um momento tão delicado para o setor.”

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