Reality Show: o formato que caiu no gosto do expectador brasileiro
O sucesso dos programas de reality show na televisão brasileira está consolidado
Centenas de milhares de pessoas acompanham através das telas, personagens em diversos formatos deste gênero que caiu no gosto do expectador. Hoje em dia, temos programas de confinamento, de gastronomia, de negócios, para revelar novos talentos musicais, uma infinidade de temas.
Há 20 anos chegava à TV o primeiro programa com uma experiência autêntica, verdadeira, não encenada. A atração era o “No Limite”, que estreou em 2000 na TV Globo. O formato foi seguido e ampliado. Em 2001 foi a vez da “Casa dos Artistas”, no canal SBT. Mas nenhum deles fez e faz tanto sucesso como o Big Brother Brasil exibido na Globo, cujo primeiro programa chegou às tevês em 2002.
Quando se fala em reality show, a primeira coisa que vem à mente é o BBB, criado em 1999 pela produtora holandesa Endemol em 1999. O Big Brother já foi exibido em 54 países e conta com um total de 448 temporada até o momento. O público dessa modalidade de programa parece sempre ávido por consumir lampejos da intimidade alheia. O expectador também é convidado a participar das decisões do programa, sendo ele – o público – transformado em participante da atração. Isso também justifica a paixão pelos reality. Não é à toa que o BBB é líder de audiência no horário.
Um bom material para explicar com dados como funciona um programa de reality show é o infográfico produzido pelo time da Betway Cassino. A equipe mostra que não é privilégio dos brasileiros o fascínio pelos programas da vida real. Esse é o modelo de programa mais assistido na televisão mundial.
Especialistas de diversas áreas, da economia à psicologia, já analisaram o fenômeno que faz com que os reality shows sejam um sucesso. Para João Marcelo, social media e aficionado por realities, “o ponto é ver ‘gente como a gente’ fazendo as coisas – sejam elas extraordinárias como viajar o mundo, ou normais como cozinhar ou fazer decoração na própria casa. Acho que a gente se identifica porque vê que as pessoas têm defeitos. As pessoas são imperfeitas, erram, brigam, sofrem, voltam atrás, se desculpam, dão a volta por cima. Quem nunca passou por isso?”, disse ele em recente entrevista à Betway Cassino, site de roleta online.
O grande trunfo dos reality shows é justamente sua capacidade de envolver o público ativamente. No ano de 1984, houve muita cobertura nos EUA afirmando que a distopia do romance 1984 não se concretizou. Mas o especialista em estudos de mídia Mark Miller mostrou como o famoso slogan do livro, “O Grande Irmão Está Observando Você”, foi transformado em “O Grande Irmão é você, assistindo televisão”. Muitos espectadores se conformam ao se avaliarem em relação ao que veem na televisão, tal como trajes, relacionamentos e conduta.
Nas palavras de Miller, a televisão “estabelece o padrão habitual de auto-análise”. Em outras palavras, os espectadores se observam para se certificarem de que estão em conformidade com aqueles outros que veem na tela. Os reality shows expõem sentimentalismo, espontaneidade, o grotesco e a cordialidade convivendo em um mesmo espaço.
O formato também acaba atraindo o mercado. Os realities possuem muitas possibilidades comerciais além dos intervalos, sobretudo na conversa das marcas. Pacotes de patrocínio multiplataforma entregam soluções completas. Em era de redes sociais, por exemplo, ao longo das temporadas dos realities, no Twitter, 58% dos tweets e 60% dos favoritos estão falando sobre esses programas; no Facebook, os números ficam na cada de 56% de todos comentários e 52% das curtidas; já no Instagram, 74% de comentários e 66% das curtidas da plataforma são sobre reality shows.