Recomposição orçamentária para a UFPel será de cerca de R$ 11,8 milhões
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou, na tarde da quarta-feira (19), recomposição orçamentária para universidades e institutos federais, em valores que chegam a R$ 2,4 bilhões
O valor promete devolver as instituições de ensino aos patamares globais de receitas discricionárias do ano de 2019.
Com a divisão desse montante entre todas as organizações, a Universidade Federal de Pelotas acabou sendo contemplada com um total de R$ 11.796.212,00. Tal valor tem três destinações principais: R$ 7.067.640,00 serão verba de custeio, R$ 4.479.137,00 virão para investimentos e R$ 249.435 têm como destino a assistência estudantil.
A descrição dos valores foi encaminhada pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC), por meio de ofício enviado na mesma noite do pronunciamento do presidente.
Para o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento e reitor eleito da UFPel, Paulo Ferreira Junior, a recomposição traz uma melhora significativa para a situação orçamentária das universidades. No caso da Federal de Pelotas, que fechou o ano de 2022 com um déficit de cerca de R$ 5 milhões, será necessário, apesar desse aporte extra, uma nova destinação durante o segundo semestre, para que, neste exercício, haja o menor saldo devedor possível nas contas.
Apesar de receber a notícia com satisfação, a reitora Isabela Andrade afirma que ela ainda não resolve os problemas pendentes: “Recebemos a notícia com muita esperança e alegria, apesar de já identificarmos que o déficit previsto será reduzido, mas não findado”. Segundo a dirigente, novas conversas com o MEC serão realizadas com o objetivo dessa nova suplementação para o segundo semestre.
A gestão da Universidade se reunirá, nos próximos dias, para analisar onde serão empregados os novos recursos, que se somam àqueles já contemplados pela Lei Orçamentária Anual (LOA). Entretanto, Ferreira já adianta que parte do valor será destinada para a conclusão de obras paralisadas pelo corte de recursos realizado no último ano.
Uma delas é a readequação do prédio do antigo Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), localizado na esquina das ruas Almirante Barroso e Lobo da Costa, hoje utilizado pelo curso de Gestão Ambiental. Apesar de já contratada, a obra foi interrompida por falta de recursos financeiros, devido aos bloqueios orçamentários; ela deve ser retomada, a partir da destinação de aproximadamente R$ 1 milhão.