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quinta, 02 de maio de 2024

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Reitores federais entregam à Dilma Roussef proposta de agenda para expansão das Ifes

22 maio
14:37 2014

Reitores de universidades federais apresentaram nesta quarta-feira(21) à presidente Dilma Rousseff, em reunião no Palácio do Planalto, uma proposta de expansão das universidades federais para os próximos dez anos.

De acordo com o presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), Jesualdo Pereira, ainda não há metas para aumento de alunos matriculados ou de criação de novos campi. Segundo ele, essa definição se dará após a definição dos recursos que poderão ser disponibilizados.

Reitores entregaram um resumo-executivo, dividido em seis eixos

Reitores entregaram um resumo-executivo, dividido em seis eixos

“Nós entregamos para ela um resumo-executivo, mas estamos trabalhando metas e indicadores e, com a sinalização dela, vamos passar a trabalhar com a perspectiva de financiamento para os dez anos”, disse.

O resumo-executivo é dividido em seis eixos (desenvolvimento nacional, desenvolvimento regional, inovação tecnológica, internacionalização, formação de professores e educação à distância) e propõe o planejamento dos investimentos a partir de 2015 e a criação de uma Agenda de Desenvolvimento das Universidades Federais. O objetivo é organizar “as ações de consolidação e expansão de acordo com a situação de cada uma dessas instituições”, de acordo com o texto entregue a Dilma.

Para financiar a expansão das universidades, a proposta é aproveitar recursos adicionais que podem vir com a aprovação do Plano Nacional da Educação (PNE), tramitando no Congresso Nacional, e que prevê a utilização de 10% do PIB para a educação. O plano proposto também já trabalha com a ideia de usar os recursos dos royalties do petróleo da camada pré-sal que serão destinados à educação.

A intenção dos reitores é incentivar o crescimento das instituições depois do período (2003-2012) em que esteve em vigor o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais).

O documento entregue à presidente foi construído em diálogos e parceria com o conjunto das universidades, com a comunidade científica, especialistas e com membros do Congresso Nacional. Igualmente, buscou-se uma interlocução produtiva com órgãos do governo, com destaque ao Ministério da Educação e ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Segundo a Andifes, essa pluralidade de atores possibilitou uma visão multidimensional e um reconhecimento da diversidade do país. Portanto, essa agenda assenta-se nas potencialidades de cada universidade e na superação das desigualdades rumo a um Brasil econômica e tecnologicamente moderno e com uma sociedade mais equânime nos direitos e nas oportunidades.

Presente ao ato, o reitor da UFPel, professor Mauro Del Pino, faz uma avaliação do encontro: “Foi uma reunião de trabalho muito produtiva, na qual o presidente da Andifes fez uma análise da situação das universidades federais e do processo de expansão vivenciado por todas as instituições, enquanto a presidenta Dilma mostrou que há muito ainda a fazer para consolidar a expansão, mostrando disposição e dedicação para com as universidades, além de enfatizar a importância das Ifes para a formação de professores e para o desenvolvimento do país”.

Na oportunidade, o ministro da Educação, Henrique Paim, fez um relato do crescimento do processo de interiorização das universidades e do crescimento do número de matrículas, que passou de 512 mil vagas em 2002 para 1 milhão e 14 mil vagas em 2013 nas Ifes, representando não apenas a democratização do acesso ao ensino superior possibilitado pelo SiSu, mas também a qualidade na formação de profissionais.

O Ministro da Ciência e Tecnologia falou da importância da produção científica das universidades, base do desenvolvimento tecnológico do Brasil.

Na mesa (fotos), da esquerda para a direita: ministros da Ciência e Tecnologia e da Educação, presidente Dilma Roussef, presidente da Andifes, e secretário executivo do MEC.

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