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sábado, 23 de novembro de 2024

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Reunião entre UFPel e Polícia Federal tranquiliza sobre possíveis ataques

Reunião entre UFPel e Polícia Federal tranquiliza sobre possíveis ataques
15 abril
10:16 2023

Para o delegado, a probabilidade de que algo orquestrado ocorra não é grande, apesar da sensação de pânico generalizado. Em sua opinião, há um superdimensionamento desse sentimento de insegurança, de certa forma causado pela desconexão com os fatos.

Membros da gestão da Universidade Federal de Pelotas estiveram reunidos com o delegado da Polícia Federal Robson Robim, que responde pelo órgão na região de Pelotas. A administração da UFPel buscava orientação técnica e informações sobre possíveis ataques que pudessem estar sendo planejados contra instituições de ensino.

Após saudar o convidado, dando início à reunião, a reitora Isabela Andrade questionou Robim se era necessário algum movimento ou posicionamento da Universidade sobre o tema. A inquietação foi reforçada pelo assessor do Gabinete da Reitoria Marco Fernandes, que destacou que a instituição busca a compreensão de todo o quadro desenhado, para não tomar decisões precipitadas, sem a devida consulta a dados técnicos e científicos sobre o tema.

Para o delegado, a probabilidade de que algo orquestrado ocorra não é grande, apesar da sensação de pânico generalizado. “O medo é um catalisador para que as pessoas se mobilizem”, afirmou Robim. Em sua opinião, há um superdimensionamento desse sentimento de insegurança, de certa forma causado pela desconexão com os fatos.

O massacre ocorrido na escola infantil em Blumenau (SC), que tem sido apontada como o estopim para esse movimento de pânico, é, em sua opinião, um fato isolado, mesmo que triste e chocante, mas que não pode ser considerado como violência escolar: “Foi algo feito por um sujeito em surto psicótico e que não possuía vínculo com aquela comunidade escolar”. Robim prosseguiu, explicando que não há um problema sistêmico, com focos espalhados pelo país.

O delegado salientou que a Polícia Federal, em conjunto com demais autoridades de segurança pública, tem monitorado grupos de desinformação e fluxos na chamada dark web. Robim ainda pontuou que os canais de comunicação ao mesmo tempo que são o espaço de espalhamento dos boatos e teorias infundadas também devem ser o local para que sejam feitos os necessários contrapontos: “Precisamos reforçar as informações corretas”.

Sobre possíveis formas de atuação ou posicionamentos da UFPel, o policial elogiou a instituição por ter ido buscar diálogo com as autoridades competentes. Robim recomendou que se mantenha a normalidade das atividades, com um reforço apenas no monitoramento pelos canais já existentes. “Revogar os avanços civilizacionais do convívio social é o que reforça o estado de pânico”, disse.

Ao final da reunião, Isabela convidou que Robim voltasse à Universidade uma segunda vez para dialogar com um grupo ampliado sobre o tema. A atividade ocorrerá na tarde desta sexta-feira (14), às 14h, no auditório do Centro de Artes. Para a ocasião, foram convidados diretores de unidades administrativas e seus chefes de núcleos administrativos, pró-reitores, superintendentes e coordenadores das unidades administrativas.

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