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“Rock do K7”, série sobre 10 veteranas bandas gaúchas, tem gravações em Pelotas com integrantes da Procurado Vulgo

“Rock do K7”, série sobre 10 veteranas bandas gaúchas, tem gravações em Pelotas com integrantes da Procurado Vulgo
09 outubro
14:16 2025

Assim como as bandas fazem turnê, a equipe da série “Rock do K7” também se joga da estrada. E Pelotas está no roteiro, com programação de 13 a 15 de outubro

Procurado Vulgo – Arquivo Pessoal de Leonardo Cabeça

A passagem pela região Sul é para gravar com integrantes da Procurado Vulgo, que ganhou visibilidade estadual entre o fim dos anos 1980 e começo dos 1990. Uma curiosidade: o grupo fez sua primeira apresentação em 7 de julho de 1987, data em que o município foi fundado, então há 200 anos.

Entre os feitos do conjunto, está a vitória no Circuito do Rock, em 1989. Sendo a primeira colocada no concurso de bandas promovido pela RBS, a Procurado Vulgo conseguiu espaço em rádios e ganhou projeção. Um pouco antes, por volta de 1988, a banda mudou-se para Porto Alegre, onde ficou até 1992.

Vocalista Pylla (Fuga) ao lado dos diretores Marcos Borba e Neli Mombeli (casal à direita do músico) com parte da equipe do Rock do K7 – Foto: João Pedro Ribas

A série

A “Rock do K7” mistura documentário e ficção para contar a história de 10 bandas gaúchas que, de alguma maneira, repercutiram entre o fim dos anos 1970 e a metade dos 1990 – período em que as fitas cassetes eram extremamente significativas, tanto pelo facilidade de acesso para ouvintes quanto para artistas que buscavam divulgar suas composições. 

Até o momento, foram realizadas entrevistas da parte documental com músicos de Santa Maria (cidade sede da TV OVO, coletivo audiovisual proponente da iniciativa) e Caxias do Sul. Os bate-papos e cenas de cobertura já captados tiveram como protagonistas integrantes dos conjuntos santa-marienses A Bruxa, Doce Veneno, Fuga, Nocet e Serpent Rise, bem como da banda caxiense Bandida. Também foram rodadas cenas ficcionais em Santa Maria e Porto Alegre.

Além de mostrar a história rockeira de cidades do interior, a iniciativa também expande os horizontes ao abordar nomes clássicos do rock gaúcho com origem na capital: DeFalla, Os Replicantes e Taranatiriça. A escolha dos conjuntos deu-se por critérios como recorte temporal, uso das cassetes e relevância histórica.

“A série é uma viagem no tempo que conecta pessoas, sonhos e o desejo de fazer rock autoral no Estado. Cada banda, a seu modo, deixou marcas. E elas ainda reverberam, seja no público ou nos próprios músicos. E é justamente isso que buscamos amarrar na narrativa de cada episódio”, afirma a diretora Neli Mombeli, premiada recentemente pelo documentário “Quando a Gente Menina Cresce” no 53º Festival de Cinema de Gramado (foram dois kikitos: Melhor Longa-Metragem Gaúcho e Melhor Filme pelo Júri Popular, além da menção honrosa para o elenco feminino).

A “Rock do K7” tem financiamento de: Instituto Estadual de Cinema do Rio Grande do Sul, Pró-Cultura RS, Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal – Brasil: União e Reconstrução. A realização é da TV OVO, tendo como produtora associada a FINISH.

Guitarrista Guilherme Barros, da banda Doce Veneno, durante entrevista. Foto: João Pedro Ribas

Som atemporal

Com enredo entre a nostalgia e o contexto atual, cada episódio do “Rock do K7” explora uma banda diferente. Enquanto a parte documental da série traz depoimentos de cantores instrumentistas falando sobre o passado e atualizando o que estão fazendo, a ficção é centrada na vida de Fran. A estudante de 17 anos “herda” de uma tia a coleção de cassetes e toma gosto pelo material, dedicando-se à pesquisa de artistas ali gravados e a entender o contexto espaço/tempo daqueles registros. Paralelamente, aparecem os conflitos geracionais e os dramas pessoais dos personagens.

“A ideia é que o espectador perceba, sutilmente, que os roqueiros do passado estão entre todos nós, atuando em diferentes profissões, com distintas trajetórias para contar. São histórias de vida, não apenas das bandas de rock de antigamente. Essa mescla entre o passado e o presente, a ficção e o documentário, nos conecta com o público”, destaca o documentarista Marcos Borba, que também assina a direção.

O lançamento da temporada um do “Rock do K7” está previsto para ocorrer em 2026.

Acompanhe as novidades da série no perfil do Instagram.

 

Identidade visual por Lucas Argenta

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