Saiba quais os erros mais comuns na aplicação do protetor solar
Com sensação térmica chegando aos 46°C, verão de 2019 exige cuidados redobrados no combate ao câncer de pele
Sol e calor são os ingredientes perfeitos para um verão ideal. No entanto, as altas temperaturas contribuem para um aumento na radiação solar. A exposição excessiva ao sol pode causar problemas sérios à saúde. O tema faz parte das ações da campanha “Saúde Preventiva: Pratique essa ideia”, desenvolvida pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS).
A médica dermatologista, associada da AMRIGS e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS, Vanessa Maria Mendes Martins Pinto, alerta que, embora as formas de prevenção já sejam conhecidas, é preciso executá-las da forma correta.
– O principal erro, em relação à proteção solar, é usar uma quantidade muito pequena de protetor. O correto seria uma colher de chá em cada braço, uma colher de chá para rosto, orelhas e pescoço, duas colheres de chá em cada perna e em cada lado do tronco. Dá para perceber que quase ninguém usa essa quantidade. Outro erro é não reaplicar o produto a cada 2 ou 3 horas – alerta a médica.
Relacionado a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, o câncer de pele não melanoma é o mais comum no país e no Rio Grande do Sul. Ao ser detectado precocemente, apresenta grandes chances de cura, assim como o câncer de pele melanoma. Apesar de maior gravidade, se a doença for detectada em seu estágio inicial, as chances de sobrevida aumentam.
Como apontam os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa de novos casos de câncer de pele melanoma para 2018 foi de 6.260, sendo 2.920 em homens e 3.340 em mulheres. Já o não melanoma pode ter chegado a 165.580 novos registros. Neste caso, porém, deve atingir mais homens (85.170) do que mulheres (80.140).
A orientação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é hidratar-se, evitar grande exposição ao sol das 10h às 16h. Após este horário, usar chapéus, roupas e óculos escuros e estar atento aos dias nublados, uma vez que mesmo sem o sol visível, o corpo segue exposto aos raios solares.