Servidores estaduais nas ruas de Pelotas contra Eduardo Leite
O protesto iniciado no Mercado Central reuniu centenas de manifestantes e ganhou as ruas do centro de Pelotas, passando ainda em frente ao Diário da Manhã
Palavras de ordem gritadas e cantadas, contra o governador Eduardo Leite (PSDB), a prefeita Paula Mascarenhas, o presidente Jair Bolsonaro, suas políticas, seus aliados e simpatizantes. Sobrou até para a Brigada Militar, que ouviu o repúdio a algumas de suas ações. Essa foi a tônica da manifestação dos professores estaduais, reforçada por servidores de alguns segmentos também ligados ao serviço público estadual, na tarde desta terça-feira.
O ato contou com falas políticas de representantes de sindicatos – como a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer – que reafirmaram o posicionamento dos professores estaduais, que estão em greve desde o mês passado.
O protesto iniciado no Mercado Central reuniu centenas de manifestantes e ganhou as ruas do centro de Pelotas, com direito a uma parada e manifesto em frente à Escola Estadual Ondina Cunha, na rua Gonçalves Chaves, ameaçada de ser fechada pela gestão estadual.
No final da manhã desta terça-feira (3) e início da tarde, o trânsito na área central ficou “complicado” em função do expressivo número de ônibus que “invadiu” a cidade transportando professores de diversos municípios do Estado.
Na pauta principal da manifestação coordenada pelo CPER/Sindicato e Frente de Servidores Públicos do Rio Grande do Sul o projeto enviado pelo governador Eduardo Leite à Assembleia Legislativa e que mexe com a vida funcional dos servidores estaduais, mais o parcelamento de salários iniciado no governo Sartori e que continua na atual administração, já há um ano. Os professores estaduais estão em greve desde o dia 18 de novembro. Segundo o CPERS mais de 1.500 escolas estão com suas atividades paralisadas no Estado.
Ainda de acordo com o CPRS, “o governador Eduardo Leite é a única pessoa que pode evitar o desastre de um ano letivo incompleto para centenas de milhares de estudantes gaúchos”.
Conforme os organizadores do ato, em torno de 30 mil pessoas participaram do ato. Servidores e professores da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) paralisaram as atividades em apoio aos professores estaduais.
SANGUE
A manifestação em Pelotas é o primeiro ato unificado no interior do Estado. A agenda de greve dos professores prevê ainda um ato de doação de sangue em todos os hemocentros do Estado nesta quarta-feira. Em Pelotas, a iniciativa ocorre a partir das 9h30min no Hemopel. Um bandeiraço em Pelotas, na esquina da rua General Osório com a Avenida Bento Gonçalves, deve acontecer amanhã partir das 10h.