Diário da Manhã

sábado, 18 de maio de 2024

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SETE AO ENTARDECER : Duo “Street Cats” na Fábrica Cultural

19 outubro
10:32 2015

Nesta segunda às 19h no projeto “Sete ao Entardecer”, a atração será a banda “Street Cats”. Show com entrada franca

Por Carlos Cogoy

A afinidade musical aproximou a dupla. O encontro, porém, além da música, também proporcionou outro ritmo. E o casal de músicos afinou parceria afetiva. A porto-alegrense Giana Cognato e o bageense Giuliano “Jack Strat”, encontraram a harmonia e casaram no ano passado. Em agosto durante a lua de mel na Argentina, surgiu a ideia do duo musical. Em pouco mais de um ano, eles já tocaram em municípios da região, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Buenos Aires. A espontaneidade, salientam Giana e Giuliano, caracteriza desde a composição das músicas, até as perspectivas da banda. Giuliano acrescenta: “Nós somos muito tranquilos em relação a banda. Não ficamos idealizando muito as coisas. Apenas deixamos rolar”. Nesta segunda, eles serão a atração na Fábrica Cultural – rua Félix da Cunha 952. No Sete ao Entardecer, coordenado pela equipe do Theatro Sete de Abril, os músicos estarão apresentando o som da “Street Cats”.

Giuliano “Jack Strat” e Giana Cognato formam a banda “Street Cats”

Giuliano “Jack Strat” e Giana Cognato formam a banda “Street Cats”

TRAJETÓRIA – A ligação com a música começou cedo. Giana menciona: “Nos conhecemos através da música. Nenhum de nós é pelotense. O Giuliano é natural de Bagé e veio a Pelotas para estudar. Eu sou natural de Porto Alegre e vim a trabalho. Sempre gostamos muito de música, desde a infância. O Giuliano aprendeu a tocar guitarra com sete anos e eu com catorze. Bateria foi um instrumento secundário para nós dois, eu aprendi com 22 e o Giuliano com 29. Nunca toquei profissionalmente. Desde que comecei a tocar guitarra montei algumas bandas autorais e sempre gostei da função de organizar shows e estar colaborando com a cena musical. Aprendi a tocar guitarra sozinha mesmo, vendo os acordes que o Kurt Cobain fazia nos shows. Já a bateria, peguei umas dicas com um amigo, o Carlos Magno”. Giuliano acrescenta: “Aos sete anos fiz dois meses de aulas de violão e comecei a tocar junto com os discos que eu gostava. Nunca toquei profissionalmente, mas sempre estive envolvido com bandas e a cena musical, pois tenho uma oficina de instrumentos musicais de corda. Toquei em várias bandas autorais desde os treze anos”.

CRIAÇÃO – A designação da banda, diz Giana, foi motivada pela gata de estimação. Eles abordam sobre a banda: “Nós temos muita afinidade musical, e foi o que primeiro nos aproximou. Começamos a namorar e a ideia de formar a banda aconteceu bem ao natural. A ideia surgiu durante nossa lua de mel em agosto de 2014 em Buenos Aires. Até então nós já tínhamos tocado juntos em algumas ‘jam sessions’, e no nosso casamento. O nome da banda surgiu porque temos uma gatinha muito linda em casa. Ela se chama Mel e está na capa do nosso EP”. Giuliano observa: “As músicas surgem espontaneamente de algumas ideias que temos. Não sentamos em determinada ocasião para compor algo, elas apenas aparecem através de algo que um de nós começa a tocar, seja no violão ou uma batida qualquer, não gravamos nada, se nós lembrarmos depois de um tempo é porque era pra ser uma música”. E Giana ressalta: “Geralmente é a harmonia que manda, nossas letras são simples e diretas, sem muita enrolação, meio aleatórias. Cada um escreve as frases que sente na hora da melodia, é como colocar as ideias num liquidificador e misturar”.

AO ENTARDECER – Em relação ao show no Sete ao Entardecer, Giuliano divulga: “Nunca revelamos nosso ‘set list’ antes de um show. Até porque nem nós sabemos, ele é criado na hora. Só sabemos que temos 45 minutos para tocar. Acho que projetos como o Procultura e o Programa Economia da Cultura, são muito importantes para a cultura e a arte. Sempre que possível vamos tentar participar. O Sete ao Entardecer é um grande exemplo disso, já que tem favorecido várias bandas da cena de Pelotas”. E Giana expressa: “Para nós é uma oportunidade maravilhosa de mostrar nosso trabalho na cidade que escolhemos para viver. Quanto à cena, nós fizemos amigos muito queridos através da música e seguimos com a filosofia do ‘Tamo Junto’, quer dizer, todos apoiando todos, independente do estilo musical. Além disso, o cachê do Sete ao Entardecer vem em boa hora, e vai todo para o nosso novo trabalho de estúdio, que sairá em dezembro. Nós já admirávamos muito esse projeto e quando fomos escolhidos ficamos superfelizes. Muito Obrigada!”.

Capa do primeiro EP lançado pelo grupo

Capa do primeiro EP lançado pelo grupo

AUTORAL – Giana na bateria, Giuliano na guitarra. De imediato surge a associação com o casal de irmãos do então duoWhite Stripes”. Giana esclarece: “Sabe, existem milhões de duos no mundo, e alguns existiram muito antes do White Stripes. Não foram eles que inventaram os duos. Sempre nos fazem essa pergunta e apesar de achar a banda boa, nosso som não tem absolutamente nada a ver com eles”. O duo Street Cats enfatiza o trabalho autoral: “No show, nós fazemos um revezamento de instrumentos, de acordo com as músicas. Isso é o mais divertido, é meio ‘Fuck It’. Tocamos somente as nossas músicas. Quando decidimos que vamos tocar algum cover num show, é porque realmente queremos que as pessoas escutem aquele som. Nossa banda é de músicas autorais, lançamos um EP chamado ‘FUCK IT’, que está disponível online no souncloud.com/street-cats. No Youtube é possível assistir vídeos de alguns dos shows que fizemos”.

DIVERSÃO – Giana e Giuliano salientam o prazer de tocarem juntos: “Nossa banda tem um ano e dois meses. Já fizemos shows em Buenos Aires, aliás nossa estreia depois de apenas quatro ensaios. Também tocamos em Porto Alegre, Pelotas, São Lourenço do Sul, Canoas, Bagé, Rio de Janeiro e Duque de Caxias. Esse dois foram na mesma noite, então correria para cumprir a agenda. Em 2015 nós já tocamos na capital gaúcha. Para 2016, estamos planejando tocar em São Paulo. Também pretendemos retornar ao Rio de Janeiro. Outra perspectiva é de uma nova turnê pela Argentina. Acabamos de gravar nosso segundo EP, que deverá ser lançado até o final deste ano. E provavelmente, até o final de novembro, talvez role a divulgação de ‘clipe’. Contudo, o que consideramos mais importante é prosseguir com a diversão que sentimos sempre que estamos tocando juntos”.

 

 

 

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