Slime, “febre” entre as crianças, contém bilhões de bactérias
Estudo realizado por alunos do Colégio Marista Londrina mostra que o brinquedo carrega micro-organismos que podem causar infecções
Uma das febres do momento entre as crianças é o Slime, uma massinha colorida com aspecto gosmento que pode ser manuseada com as mãos. Ao entrar em qualquer escola, é fácil encontrar o brinquedo circulando nas salas de aula, mas será que ele é realmente seguro?
Um estudo realizado pelos alunos do 7º ano do Colégio Marista de Londrina analisou o brinquedo em laboratório e mostrou resultados surpreendentes: foram encontradas bilhões de bactérias de diferentes espécies. A professora Bárbara Gionco Cano, que conduziu o trabalho, explica que o Slime funciona como um reservatório bacteriano e, mesmo quando higienizado, mantém a quantidade de micro-organismos prejudiciais à saúde.
O número incontável de bactérias presentes nos Slimes se assemelha a quantidades presentes em objetos como celulares, que apresentam bactérias de origem fecal em 1 a cada 6 equipamentos, e no dinheiro, cuja contaminação atinge 80% das cédulas.
“A principal preocupação é que esses brinquedos podem funcionar como um armazenamento silencioso de micro-organismos”, alerta a professora. Por se tratarem de substâncias presentes em nossa microbiota, não necessariamente causam mal à saúde. Porém, se o sistema imunológico estiver comprometido, podem causar vários tipos de infecções.
Para evitar a contaminação, um dos objetivos da pesquisa foi alertar os alunos sobre a necessidade da lavagem das mãos após a manipulação do brinquedo. O resultado do trabalho está exposto nas dependências do Colégio, para outros alunos terem acesso às informações.