System of a Down – Toxicity (2002)
4 de setembro: datas, lançamentos e memórias que conectam gerações através da música
Marcelo Gonzales*
@celogonzales @vidadevini
Vivo entre discos de vinil e muita mídia física, sempre atento às histórias que cada álbum carrega. E hoje, 4 de setembro, não posso deixar de falar sobre um disco que marcou não só a música dos anos 2000, mas também meu coração de colecionador: Toxicity, do System of a Down, lançado exatamente nesta data em 2002. É daqueles álbuns que fazem você repensar como o metal pode ser intenso, inteligente e, ao mesmo tempo, carregado de emoção.
Sendo o segundo álbum da banda, Toxicity é composto por faixas conhecidas e memoráveis, incluindo sucessos como Chop Suey!, Toxicity, Aerials e Bounce. A produção ficou a cargo de Rick Rubin, Daron Malakian e Serj Tankian, sendo gravado no Cello Studios em Hollywood, Califórnia. A capa do álbum foi criada por Mark Wakefield, apresentando uma imagem do letreiro de Hollywood em um cenário árido, simbolizando a crítica social presente nas letras do disco.
Além do impacto histórico do álbum, sinto um orgulho imenso como pai ao ver minha filha, Duda Gonzales, completamente fã da banda e desse disco. É uma alegria saber que ela compartilha comigo esse gosto musical — uma ponte entre gerações feita de riffs, vocais e letras que continuam atuais.

E se a gente abrir um pouquinho o leque, percebemos que o 4 de setembro já teve outros momentos marcantes na música. Em 2015, a banda finlandesa Amorphis lançou Under The Red Cloud, mostrando que o metal melódico segue vivo e inventivo.
Em 2005, Audioslave trouxe Revelations, seu terceiro e último álbum, com aquela mistura de rock refinado e experimental que ainda ecoa na memória de quem acompanhou.
Aqui no Brasil, setembro também é um mês especial. Em 1990, a cantora Cássia Eller lançou seu álbum de estreia, rapidamente conquistando o público com sua voz única e interpretações intensas.
Em 2020, o rapper Matuê lançou seu álbum de estreia, que obteve grande sucesso nas plataformas de streaming, destacando-se como uma das maiores estreias de álbuns brasileiros no Spotify.
Mais recentemente, em 2024, o DJ e cantor Pedro Sampaio lançou seu segundo álbum de estúdio, Astro, trazendo uma mistura de funk, pop e outros gêneros, consolidando ainda mais sua carreira no cenário musical brasileiro.
Esses lançamentos, cada um à sua maneira, são convites a revisitar épocas, coleções e memórias. São datas que nos lembram por que colecionamos vinis, fitas K7 e outros registros físicos: porque a música tem um tempo, um espaço e uma história que merece ser sentida e compartilhada.
No fim, olhar para essas datas é perceber que cada álbum é mais que som gravado: é cultura, é memória e, para mim, é também a alegria de dividir essa paixão com a Duda — saber que, de alguma forma, estamos conectados por cada nota, cada riff e cada letra.
*Vive entre discos de vinil e muita mídia física, sempre atento à música, à cultura e ao jornalismo, compartilhando histórias que conectam gerações.







