Diário da Manhã

quinta, 02 de maio de 2024

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TEATRO: Nuances do poema completamente só

14 novembro
18:03 2014

Neste sábado e amanhã (16/11), segunda edição da Mostra de Encenação Teatral com estudantes da UFPel

 Por Carlos Cogoy

Catadora Estamira na temática de montagem teatral

Catadora Estamira na temática de montagem teatral

Nova geração das artes cênicas com apresentações gratuitas à Sala Carmen Biasoli – rua Almirante Tamandaré 301. O prof. Dr. Adriano Moraes (UFPel), divulga a agenda deste final de semana. Hoje às 18h, encenação “Nuances” com direção de Melissa Vieira; às 19h15min “Aquele poema” com direção de Paulo Buratti; às 20h30min “O voo dos urubus” com direção de Taís Galindo; às 21h45min “Máquinas que pensam, que amam e que comem maçãs” com direção de Carlos Pérola. No domingo às 20h, montagem “Completamente só” com direção de Mário Madeira; às 21h “Mais que bar” com direção de Rodolfo Furtado.

 “Máquinas que pensam, que amam e que comem maçãs”

“Máquinas que pensam, que amam e que comem maçãs”

NUANCES – Experimento de dança-teatro com elementos das artes visuais. Conforme divulgação: “Nuances tem como ponto de partida os arquétipos do pintor, músico e dançarino em relação com a arte e a vida. Não trabalhamos a ideia de personagens fixos mas ‘personas’ em cena, atores que se adaptam de acordo com a ideia central. São abordados os arquétipos do pintor e do músico, com três atores-bailarinos que podem ser variados personagens, em diferentes momentos,  numa mesma ‘persona’. Então dois atores e uma atriz que propõem a ideia do performer – executante -, a partir das cenas criadas. Não há estrutura dramatúrgica através de diálogos, e os textos acontecem de diversas formas, por vezes monólogo, dupla ou trio”. Com a direção de Melissa Veira, intérpretes-criadores: Flávio de Lima; Letícia Lupinacci; Mário Madeira.  Melissa também coordenou a preparação corporal e vocal, sonorização, participou dos figurinos com Inês Vieira e da maquiagem com Amanda Cordeiro. Iluminação de João Cruz.

Carlos Eduardo Pérola

Carlos Eduardo Pérola

AQUELE POEMA é texto de Paula Buratti Zanini. que foi adaptado à encenação. Ela explica: “Nesse projeto, tendo como base a canção que escrevi, pretendo passar pelos momentos descritos na letra, explorando suas particularidades, como a desilusão, a tentativa de esquecer uma pessoa, sentir-se novamente confiante a fim de seguir adiante e transformar o que um dia foi ruim em algo bom, tendo a escrita criativa como a chave da superação”. Como referência, o trabalho da pedagoga e coreógrafa alemã Pina Bausch. Personificando “Joana”, atriz Hirina Renner. Ela e Paula criaram o figurino. E Paula também coordenou a preparação corporal e vocal, bem como a iluminação. Maquiagem a cargo de Ana Paula Freitas. No som, Vitória Tássara.

Paula Buratti Zanini

Paula Buratti Zanini

VOO DOS URUBUS baseia-se na história da catadora Estamira Gomes de Sousa (1941/2011). Trama do espetáculo: “Estamira vive cotidiano dentro de sua realidade, trabalhando como catadora num lixão, diagnosticada pela sociedade como esquizofrênica. E dentro de sua esquizofrenia ou de sua realidade, tem algumas verdades para serem reveladas aos homens. Com um passado sofrido, muito remoído no presente ela conta sua história de vida, estuprada três vezes sendo que numa delas pelo avô. Com isso, apresenta resistência aos homens. Ela foi prostituta, largada por dois maridos e teve três filhos para criar. Daí precisou se virar sozinha. E a saída foi o sustento a partir do lixo, mantendo eterna briga com Deus, numa relação tortuosa com os filhos. Perfil de Estamira que, atualmente, alerta aos homens, revelando a verdade da existência, convívio e relação entre os seres humanos. E conta sua história com o que faz diariamente, vivendo do lixo. Trata-se de um retrato, mas também um depoimento pessoal e artístico das atrizes, diretora e da pessoa que é Estamira”. Elenco: Mel Velasques; Bruna dos Anjos; Carole Lelé.

Melissa Vieira

Melissa Vieira

MÁQUINAS que pensam, que amam e que comem maçãs. Carlos Pérola menciona: “O objetivo é apresentar ao grande público o personagem real e ainda pouco conhecido Alan Mathison Turing, deixando claro a importância do seu trabalho para tudo o que existe atualmente no campo da computação. Além disso, aspectos pessoais de sua vida para abordagem de temas ainda presentes como a homofobia e a injustiça. O título escolhido foi a maneira que encontrei para sintetizar tudo o que li e senti a respeito dele, fazendo referências às suas ideias sobre inteligência artificial, à sua complicada vida amorosa, à mania que tinha de comer uma maçã por dia e à maneira como passou a enxergar a si mesmo em certa fase da vida: um computador; uma máquina, que pensava mais e melhor do que muitos, que amava da maneira como sabia amar e que viveu e morreu saboreando as mais diversas maçãs, com os mais diversos venenos”. Além da direção e dramaturgia, Pérola dedicou-se à preparação do elenco que reúne: Evelin Suchard; Gengiscan Pereira; Jardel Athayde e Raissa Bandeira da Luz. Na equipe: Lucas Oliveira Lage (iluminação); Ariel Oliveira (sonorização); Carina Brys (cenário); Gabriela Manso (figurinos); Raissa Bandeira da Luz (maquiagem); Julia Hernandes (programação visual).

COMPLETAMENTE SÓ de acordo com Mário Madeira: “Nos personagens, Rosemary, viúva, dependente de medicações para dormir,usuária de álcool, fumante, mãe de dois filhos, pessoa com dupla personalidade, parte de um casamento em decadência, mulher da alta sociedade. Gregory, já falecido, homem de personalidade forte, pai, usuário de álcool, suicida, parte de um casamento em decadência, homem influente. Filhos do casal, que estão estudando fora do País. A peça acontece na sala de estar do casal em Londres. O ambiente é contemporâneo e a estrutura tem vários relógios que mudam de lugar conforme o andamento da encenação. No decorrer da madrugada, tempo transcorre conforme os relógios são manuseados pela atriz Cibele da Silva Fernandes. O diretor Mário Madeira também coordenou a preparação corporal e vocal, maquiagem, sonoplastia, trilha sonora e, com Cibele Fernandes, figurino, adereços e cenário. Iluminação de João Cruz.

MAIS QUE BAR compila textos sobre política, sentido da vida, amor e “coisas vis”. Trata-se de comédia que, recorrendo a estereótipos, apresenta filosofia de boteco.  O grupo divulga: “Os personagens são: Helvico, um taxista, Abel, ex-general, Domênica, uma estudante, Ana Liz, uma mulher redescobrindo seus valores, Jonas, um professor de esquerda e ‘Poeta’, poeta. Os assuntos discutidos passam desde política e religião até diversão e sexo. No mesmo instante em que essas figuras são capazes de defender uma ideia, agem de modo oposto à fala. Essa contradição desenvolve as ações da peça”. Elenco: Francine; Lucas Galho; Rodrigo, Renan, Amanda Cordeiro; Johann Ossanes; Renan Teixeira; Rodrigo e Francine.  Preparação vocal com Rodolfo que, com Thiago Perdigão, assina a dramaturgia. Equipe: Gê (figurino); iluminação e concepção visual (Felipe Delfino); Thiago Perdigão (música); Ana Pessoa (parte visual).

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