Diário da Manhã

Em alguns horários a “muvuca” é inevitável, num verdadeiro salve-se quem puder. Se não puder, é trabalho para os anjos da guarda de alguns impacientes e apressadinhos motoristas que trafegam pelo principal cruzamento na movimentada saída de Pelotas em direção a Rio Grande. Os “fantasmas” do Castelo do Simões Lopes são testemunhas “oculares” das barbaridades que acontecem no cruzamento da rua Saturnino de Brito com a avenida Brasil.

MUVUCA é uma constante no local; prefeitura promete acabar com o problema ainda no mês de maio

“Tem de melhorar a sinalização”, aponta o taxista Guilherme Fontes. O comerciante Pedro Bento é da mesma opinião, mas vai além: “Não entendo porque é tão difícil fazer a coisa certa. Depois quando acontecem os acidentes vêm as explicações fajutas, ninguém se responsabiliza”, comenta.

É verdade. A sinalização deixa bastante a desejar. Até poucos dias atrás havia quatro placas de pare, uma de cada sentido, na chegada ao cruzamento. E apenas os anjos da guarda, aqueles dos apressadinhos, é que se entendiam quando a muvuca se instalava. A prefeitura achou uma solução: decretou a rua Saturnino de Brito como a via preferencial e deixou apenas duas placas de pare na chegada ao cruzamento, pela avenida Brasil. A medida, no entanto, segundo Flávio Alam, superintendente de trânsito da Secretaria Municipal de Gestão da Cidade e Mobilidade, é provisória. A solução deverá ser implantada ainda no mês de maio deste ano.

“Vai ser criada uma rotatória naquele cruzamento, como era há algum tempo”, garante Alam. Realmente, algum tempo atrás havia uma rotatória no local, mas foi se perdendo, perdendo, e ficou um cruzamento do tipo “sem lei”, desses que dão trabalho aos anjos de guarda. No caso do encontro da rua Saturnino de Brito com a avenida Brasil, sob os olhares dos fantasmas do Castelo.