Diário da Manhã

Se não houver acordo da proposta de reajuste salarial com os empresários, serviço poderá paralisar à meia-noite desta quinta-feira

Com indicativo de greve aprovado na assembleia realizada na quinta-feira da semana passada, quando ainda não havia contraproposta dos empresários às suas reivindicações, os trabalhadores no transporte coletivo urbano e interdistrital de Pelotas voltam a se reunir na noite desta quinta-feira, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP). Na pauta da assembleia, que poderá deliberar sobre a greve dos serviços, o dissídio da categoria, data-base 1 de novembro.

Na proposta enviada aos empresários, os trabalhadores pedem reajuste salarial de 6% mais a inflação do período, além da garantia de cláusulas conquistadas noutras negociações. Caso a contraproposta empresarial, que deverá chegar no decorrer do dia, não seja do agrado da categoria os trabalhadores poderão bater o martelo e decretar a paralisação dos serviços a partir da meia-noite.

USUÁRIOS poderão ficar sem o serviço a partir da meia-noite

Essa possibilidade bate de frente com os interesses de outras categorias.

“Aí, os empresários fazem o que querem: resolvem o que é melhor pra eles e os trabalhadores que se danem. Se houver greve eu não sei como vou chegar ao trabalho”, diz o comerciário Henrique Medina, que mora nas proximidades do Centro de Eventos, no Distrito Industrial.

Ainda na semana passada, circulava informações extraoficiais que os empresários ofereceriam reajuste baseado apenas no índice oficial da inflação: menos de 2%, e que retirariam algumas clausulas nas quais constam conquistas dos trabalhadores em outras negociações. Isso acirrou alguns ânimos dentre a categoria.

“Nem pensar. E meu voto será pela paralisação, urgente”, salienta um motorista, acompanhado pelo seu cobrador. E prometendo estar na assembleia, às 20h30min.