Uma década do desaparecimento da professora Claudia Hartleben

A professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) desapareceu misteriosamente em 2015 e até agora não há desfecho para o caso

CLÁUDIA Hartleben
Ao voltar da casa de uma amiga, na noite de 9 de abril de 2015, Cláudia Hartleben dirigiu-se para sua casa, na avenida Fernando Osório, esperando que aquela fosse uma noite como todas as outras.
Isso, no entanto, não aconteceu. Ela desapareceu inexplicavelmente. De acordo com o Ministério Público (MP), não existem dúvidas de que a professora esteve em casa naquela noite. Depois disso, nunca mais foi vista.
Seu filho e seu ex-marido foram denunciados pelo MP por homicídio qualificado, feminicídio e ocultação de cadáver, mas o juiz responsável pelo caso entendeu não existirem provas suficientes para a denúncia e a rejeitou.
À época, promotor José Olavo Passos (hoje aposentado) recorreu ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS), que também não acatou o recurso. Desde então, as investigações em busca de alguma nova informação que possa comprovar a materialidade do crime (já que seu corpo nunca foi encontrado) e a autoria do mesmo não chegaram a lugar algum. Assim permanece até hoje.
Para familiares, amigos, colegas e alunos de Cláudia, a falta de um desfecho para o caso é frustrante e dolorida.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres e o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Professora Claudia Pinho Hartleben (CRAM) divulgaram nota onde expressam, nesta quarta-feira (9), solidariedade à família de Claudia Pinho Hartleben, professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), desaparecida desde 9 de abril de 2015. Neste dia, que marca os 10 anos de seu misterioso desaparecimento, a SPM e o Cram lamentam profundamente que, até o momento, o caso siga sem um desfecho.
Em nota, a SPM, solicita que as investigações sobre o desaparecimento de Claudia Hartleben sejam aprofundadas e que a Justiça cumpra seu papel, assegurando que o caso tenha um desfecho digno. A SPM, juntamente com o CRAM, reafirma seu compromisso em continuar na luta para que as mulheres possam viver sem medo, com dignidade, respeito e liberdade.
Para homenagear a professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cláudia Pinho Hartleben, o Município nomeou o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência com seu nome, por meio do Decreto 6.317/2020. Cláudia Pinho Hartleben foi uma figura importante na educação e na defesa de causas sociais. Essa ação simboliza o reconhecimento de sua contribuição e também chama a atenção para a questão da violência contra as mulheres, destacando a importância do apoio a elas em momentos de vulnerabilidade.
Alerta
Em caso de violência doméstica, busque ajuda imediatamente através do 190, da Brigada Militar, ou 153, da Guarda Municipal.
Se precisar de auxílio psicossocial, busque o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Professora Claudia Pinho Hartleben (CRAM), à rua Dom Pedro II, 813.