Uruguai recebe exposição coletiva de artistas pesquisadores da UFPel
As obras são de artistas que realizaram a formação nos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Artes Visuais, no Centro de Artes da UFPel
A exposição coletiva “Em que onde. Cartografias para partir do sul”, organizada pela artista e Profa. Dra. Duda Gonçalves – BAV/PPGARTES/UFPel, reúne a produção artística de integrantes do Grupo de Pesquisa Deslocamentos, Observâncias e Cartografias Contemporâneas – Deslocc (CNPq/UFPel).
São artistas que realizaram a formação artística nos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Artes Visuais, no Centro de Artes da UFPel, e envolveram no processo de criação a prospecção de territórios físicos e imaginários do sul do País, em Pelotas, arredores e nas fronteiras do Rio Grande do Sul, por meio de deslocamentos no espaço público e doméstico, no fluxo e nas relações cotidianas, sociais e culturais da existência.
Cada artista compartilha com dispositivos tecnológicos poéticos a criação das territorialidades singulares. Participam desta exposição Adriane Rodrigues, Barbara Calixto, Barbara Larruscahim, Bianca De Zotti, Carla Borin, Duda Gonçalves, Fabricio Marcon, Fernanda Fedrizzi, Fernando Rocha, Helene Sacco, Jahan Leão, Maria Eduarda Lisboa, Pedro Elias Parante e Tatiana Duarte.
Nesta exposição é possivel territorializar, reterritorizar e desterritorializar os espaços de convivio e seus significados , tendo como plano comum, o cotidiano nas cidades e zonas rural do sul do Brasil.
A exposição “Em que onde. Cartografias para partir do sul” será realizada no Consulado Geral do Brasil em Rivera, no Uruguay, Rua Ceballos, 1165, a convite deste Consulado e da Galeria Braguay. A abertura será no dia 09 de novembro às 19h. O projeto tem apoio do PPGARTES da UFPel, FAPERGS e CAPES.
OS ARTISTAS E SUAS OBRAS
Adriane Rodrigues, refaz os mapas da cidade de Pelotas, ampliando a cartografia do bairro de periferia conhecido como a Guabiroba, enfatizando em vermelho o que é considerada pela população que mora no centro como sendo zona de conflito.
Barbara Larrucahim registra a parede em ruinas que sugere o celebre Mapa de Torres-Garcia, amplia e interfere com longas linhas vermelhas, que redesenham a silhueta projetada até o chão, incitando veias, remendos que suscitam a nossa condição de vulnerabilidade econômica, política e social.
Bianca De Zotti confere ao impresso de artista uma cartografia em que Pelotas e Rio Grande, cidades em que De Zotti tem residência, se misturam e se afastam por meio de dobras.
Carla Borin, cria uma cartografia de território ficcional que surge na camada de uma parede que cai, um movimento recorrente nas construções da cidade de Pelotas que sofrem com as constantes interpéries climáticas.
Fabrício Marcon, imprime um mapa da cidade de Pelotas assinalando locais que são conhecidos pelo formato geomatrizado, são eles: o quadrado, o triângulo e o redondo. Neste pontos do mapa insere um Qrcode, em que é possivel acessar o vídeo em que Marcon caminha no contorno de cada espaço.
Fernando Rocha, desenvolve um filtro para o instagram para as pessoas utilizarem como um jogo para andar a esmo, para ir a locais induzidos pelas setas que se sucedem e indicam o caminho a ser percorrido. Assim, com os filtros os territórios e cartografias são redefinidas pelo acaso.
Helene Sacco reúne objetos do acervo pessoal e de antiquários da cidade, assim como, imagem, escritos e mapas para conceber um território imaginário entre as intensidade e as camadas das coisas guardadas na caixa vitrine.
Pedro Elias Parente, em seu Alamaque de medidas do mundo representa a mensuração por meio do corpo, tendo como inspiração as medições utilizadas pelo pai para agrimensar o terreno da chácara onde planta, cria animais e constrói em Piratini, interior do Rio Grande do Sul.
Tatiana Cardoso tece uma cartografia nômade, que afrouxa as linhas, os pontos, os meridianos, os continentes conforme a disposição no espaço.
Duda Gonçalves, Fernanda Fedrizzi, Jahan Leão, Barbara Calixto e Maria Eduarda Lisboa, por meio de carimbos criados representam os desenhos do percurso que concebem quando se deslocam de suas casas até o Centro de Artes e elaboram cartografias abertas e mutáveis quando conjugam os trajetos.