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Varejo gaúcho tem o pior Natal em 14 anos

Varejo gaúcho tem o pior Natal em 14 anos
26 dezembro
22:06 2015

AGV projeta que vendas para a data foram 10,2% abaixo do ano passado, totalizando R$ 5,820 bilhões em negócio 

Vilson Noer, presidente da AGV Foto: Divulgação

Vilson Noer, presidente da AGV
Foto: Divulgação

O comércio do Rio Grande do Sul faz um balanço negativo das vendas para o Natal deste ano, pior volume de negócios desde o ano de 2001. Conforme levantamento da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), os negócios devem registrar uma queda de 10,2% na comparação com igual período do ano passado. A entidade projetava registrar o mesmo desempenho de 2014, somando R$ 5,9 bilhões em vendas. “As crises política e econômica brasileira e a instabilidade crítica das finanças do estado provocaram uma desconfiança e uma prevenção do consumidor. Associado a isso, as chuvas intensas no interior afastou os retardatários das zonas de compra de presentes”, comenta Vilson Noer, presidente da entidade.

Com o resultado, ainda que estejam programadas promoções de saldos para os últimos dias do ano, o comércio do Rio Grande do Sul deverá encerrar o ano com um desempenho abaixo em relação ao ano passado. O dirigente aponta iniciativas muito próximas do Natal, como a “Black Friday”, como responsáveis pelo fraco volume de negócios de bens duráveis no ano. “A renda do consumidor não é mais a mesma, o desemprego voltou a atingir a população economicamente ativa e o crédito ficou mais escasso. Entidades da área de eletroeletrônicos, por exemplo, projetam uma queda de 20% no quarto trimestre deste ano para produtos como fogões, lavadoras, refrigeradores”, comenta Noer apontando que estes fatores são essenciais para que o comércio tenha números positivos.

Os dados coletados com 130 entidades do Rio Grande do Sul projetam um tíquete médio de R$ 75,00, dentro da variação projetada incialmente entre R$ 70,00 e R$ 90,00, mas abaixo dos R$ 100,00 que foi verificado em 2014. Entre os itens com melhor desempenho estão cosméticos, perfumaria e brinquedos. “Quem ainda dispor de dinheiro vai conseguir bons preços nas promoções de final de ano”, antecipa o dirigente.

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