Vendas do comércio gaúcho avançam no 1º trimestre de 2023 e registram crescimento acima da média nacional
De acordo com o IBGE, o avanço foi de 6,2% no varejo ampliado e de 6,1% no comércio varejista
Em linha com outros indicadores de atividade econômica divulgados para o 1º trimestre de deste ano, as vendas do comércio no Rio Grande do Sul registraram forte avanço na comparação entre os três primeiros meses de 2023 e o mesmo período do ano anterior.
Outros dados da economia local também foram destaque positivo: de acordo com o CAGED, no 1º trimestre, mais de 42,2 mil vagas formais foram criadas no estado. A criação de vagas no comércio foi positiva em março de 2023, embora o saldo tenha sido negativo no acumulado dos três primeiros meses. Esse é um movimento típico do início de ano, que concentra as demissões de temporários.
“O avanço no trimestre foi de 6,2%, indicando que o segmento começa o ano com crescimento vigoroso. Os dados do comércio varejista mostram, por sua vez, um avanço de 1,9% na comparação entre março e fevereiro. Já no 1º trimestre o avanço foi de 6,1%. O desempenho das vendas do comércio no Rio Grande do Sul superou a média nacional neste início de ano. Para comparação, o varejo ampliado nacional registrou crescimento de 3,6% no 1º trimestre, ante o mesmo período do ano anterior”, avaliou o presidente da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner.
Emprego
Os dados de emprego divulgados pelo IBGE mostram um crescimento da taxa de desemprego no 1º trimestre do ano, que passou de 4,6% para 5,4%. Cumpre notar, no entanto, que essa taxa permanece muito abaixo da observada entre 2020 e 2021. Além disso, os dados do IBGE mostraram avanço da renda média na comparação entre o 1º trimestre de 2023 e o mesmo período de 2021.
Inflação
O cenário do crédito no estado mostra um avanço expressivo do crédito a pessoas físicas. O crédito a empresas também avança, mas a um ritmo menor. A inflação, por sua vez, desacelera tanto na medição nacional quanto na medição realizada na região metropolitana de Porto Alegre. A desaceleração não significa queda dos preços, mas crescimento a um ritmo menor. A grande questão que se coloca é sobre a capacidade do comércio local e nacional de sustentar, ao longo do ano, o crescimento observado no 1º trimestre. As trajetórias da taxa de juros, da inflação e da renda dos consumidores serão determinantes para colocar o setor num patamar mais elevado que o alcançado ao longo da última década.