Diário da Manhã

sábado, 07 de setembro de 2024

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Vereadora Fernanda Miranda critica forma como prefeitura conduz o fechamento de abrigo na Z3

Vereadora Fernanda Miranda critica forma como prefeitura conduz o fechamento de abrigo na Z3
18 julho
09:09 2024

“É desumano que depois de quase dois meses com suas casas debaixo d’água, as pessoas tenham que retornar sem nenhum tipo de auxílio da prefeitura”, denunciou a vereadora

Após visita na Colônia Z3, a vereadora Fernanda Miranda (PSOL) usou seu tempo de tribuna, na sessão ordinária da terça-feira (16), para criticar a atuação da Prefeitura de Pelotas no fechamento do abrigo da Z3, que ainda atende famílias atingidas pelas enchentes. No começo desta semana, a Secretaria de Assistência Social começou a orientar as famílias ainda abrigadas, moradores do Cedrinho, a retornarem para suas casas.

A Colônia de Pescadores Z3 foi uma das comunidades mais atingidas em Pelotas pela enchente que atingiu o Estado em maio. A região do Cedrinho foi uma das áreas que mais sofreu com a cheia da Lagoa e seguia com água entrando no interior de pátios e casas até o início de julho. Mesmo com a baixa do nível dos últimos dias, o local segue com grande acúmulo de lodo, lixos e entulhos.

“É desumano que depois de quase dois meses com suas casas debaixo d’água, as pessoas tenham que retornar nesse clima frio e úmido, sem nenhum tipo de auxílio da prefeitura! Elas mesmas estão limpando e tentando reformar casas que estão com rachaduras. Não há nem colocação de saibro ou aterro nos pátios que estão insalubres, expondo as pessoas à risco de doenças”, enfatizou Fernanda.

Na última semana, a Prefeitura de Pelotas confirmou o óbito de uma mulher de 66 anos, moradora na Colônia de Pescadores Z3, vítima de leptospirose. No início de julho, a parlamentar do PSOL já havia cobrado por presença mais efetiva do poder Executivo junto a Z3, visto que o abrigo contava com apenas uma assistente social e o trabalho de orientação psicológica e de saúde não teve qualquer tipo de reforço na comunidade que vive esta crise.

Abrigo da Z3

O abrigo da Colônia Z3, localizado no salão da paróquia João Paulo II (um dos pontos mais altos da comunidade), foi um dos primeiros a abrir suas portas para os atingidos pelas enchentes na segunda semana de maio. O local abrigou dezenas de famílias (mais de 200 pessoas) durante o período de crise e contou com apoio do Exército Brasileiro e da Brigada Militar. Nesta terça-feira (16), o Exército encerrou o período de auxílio com alimentação no local e a orientação passada pela Secretaria de Assistência Social foi para que as famílias que ainda permaneciam no local retornassem a suas casas.

Devido às condições precárias e insalubres que se encontram às casas do Cedrinho, para onde as pessoas devem retornar, o mandato da vereadora encaminhou uma denúncia ao Ministério Público, via 2ª Promotoria de Justiça Especializada de Pelotas. Em junho, a parlamentar havia questionado ao Executivo sobre a concessão de aluguel social para casos como estes (em que a família que ainda não consiga retornar para suas casas devido a problemas de estrutura), no entanto, até o momento não houve aceno da Prefeitura neste sentido.

Estiveram presentes na visita de fiscalização da comunidade, representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e do Movimento Solidariedade Pelotas.

 

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