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sábado, 27 de abril de 2024

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Vivo presta depoimento à CPI da Telefonia

19 fevereiro
16:50 2014

Apresentando novos e modernos modelos de equipamentos, que não causariam impactos urbanísticos e poderiam ser responsáveis pela aceleração das licenças para instalação, o gerente de Relações Institucionais da Telefônica Vivo, Daniel Silveira da Encarnação, prestando depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito da Telefonia, apontou como indispensável a necessidade de adequação da legislação de Pelotas, para possibilitar melhorias no sistema, ampliando os pontos geográficos para mais antenas.

Vereadores demonstraram preocupação com a qualidade dos serviços

Vereadores demonstraram preocupação com a qualidade dos serviços

A reunião para oitiva da operadora Vivo foi conduzida pelo presidente da CPI, vereador Roger Ney (PP), tendo como secretário Salvador Ribeiro (PMDB) e como relator Vitor Paladini (PSB). Estiveram presentes, além do gerente Daniel Encarnação, a relações institucionais da Regional Sul Laiana Souza e o advogado Eduardo Graeff.

O presidente Roger Ney relatou as atividades da CPI realizadas até então e pediu ao relator Vitor Paladini,  para apresentar os  questionamentos da Comissão. Paladini perguntou se a Vivo tinha conhecimento de que o setor de telefonia móvel é campeão de reclamações junto ao Procon e motivo de milhares de ações judiciais; o que a operadora faz para reduzir as reclamações; qual o número ideal de antenas/consumidor para o bom funcionamento do sistema; qual a abrangência da Vivo no município (urbana e rural); se há loja em Pelotas, com atendimento presencial para mudança de plano, problemas com contas, cancelamento de serviços (desde quando e onde); investimentos; controle de tempo médio de espera via call-center

Segundo Daniel Encarnação, a Telefônica Vivo está instalada em Pelotas desde 2008, e possui 26 antenas atendendo a 45 mil usuários. Junto ao Procon, a operadora tem canal 0800 exclusivo. A loja própria está situada no Calçadão da rua Andrade Neves, nº 1.749, há cerca de cinco anos. Atualmente, disponibiliza atendimento diferenciado, com pessoa familiarizada com tecnologia, para orientar clientes sobre uso de telefones e smartphones.

O gerente de Relações Institucionais da Vivo salientou que considera  mínomo o número de reclamações contra a operadora   e que se dilui no universo de clientes. Atualmente, há 30 ações cíveis e nove no Juizado Especial Cível tramitando. Sobre a capacidade de uma antena em relação a linhas, Daniel Encarnação disse que é variável. O diferencial de qualidade está nas faixas de frequência.

 

A respeito do TAC (Termo de Ajuste de Conduta) firmado entre os ministérios públicos Federal e Estadual, Procons e operadoras, Daniel comentou que está em andamento, devendo ser prorrogado,  um mutirão para resolver as insatisfações dos usuários e que, quanto à divulgação, a Vivo mantém cartazes, em suas lojas, sobre áreas de cobertura.

 

Os investimentos da Telefônica Vivo em Pelotas encontram-se no seguinte patamar: a instalação de antena no Pestano foi negada pelo Poder Público, caindo na limitação imposta pela distância de 30 metros; na Tablada, é aguardada liberação ainda neste ano; nas proximidades do Foro, pedido será protocolado em breve. “A legislação local é complicada. É de 2003, foi elaborada em padrões das grandes torres e exigindo licença ambiental para microcélula. Wi-fi  é uma microcélula. Atualmente, há equipamentos modernos, inclusive subterrâneos”, comentou o gerente da operadora, mostrando fotos aos integrantes da CPI.

 

Daniel Silveira da Encarnação pediu apoio da Câmara de Vereadores, garantindo o envolvimento da capacidade da Vivo com Pelotas, para as reformulações necessárias na legislação. O presidente Roger Ney salientou que há bairros e a área da colônia que são mal atendidos na telefonia móvel e que muitos prejudicados não procuram o Procon ou recorrem à Justiça. A preocupação dos vereadores é com a qualidade dos serviços. “A Vivo, conhecendo o problema, continua comercializando mais linhas?” Daniel respondeu salientando que a paralisação das vendas envolveria muitas pessoas e o comércio em geral.

 

O relator Vitor Paladini informou que a CPI está atuando em parceria com a Ouvidoria do Legislativo. Através do telefone 3027.1044 é possível o usuário registrar queixas e encaminhar perguntas. Paladini solicitou à Vivo que encaminhe à CPI o laudo de que antenas subterrâneas não causam nenhum tipo de problema.

 

Daniel Encarnação, afirmando que a Vivo tem recursos para fazer novos investimentos e que necessita apenas de licença para isso, disse que a partir de 2011, quando se ampliou o uso do telefone, passando, além de voz, ao acesso também a aplicativos e internet, o consumo de banda também aumentou. “Para solucionar a deficiência do sistema nas áreas de sombra só instalando novas antenas.”

 

A Telefônica Vivo, segundo o gerente, ocupa o primeiro lugar no IPA (Índice de Desempenho de Atendimento), utilizado para aferição pela Anatel. Os indicadores atingidos pela operadora estão acima das metas estipuladas.

 

Encerrando, o presidente da CPI, vereador Roger Ney, solicitou à operadora o encaminhamento à Comissão de legislações de outros municípios, visando à apresentação de propostas para adequação em Pelotas. O relator Vitor Paladini pediu cópias dos requerimentos de instalação de antenas da Vivo que foram apresentados ao Poder Público local, com a devida tramitação.

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