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Câmpus Pelotas aposta em projeto de monitoria para diminuir índices de evasão e reprovação

Câmpus Pelotas aposta em projeto de monitoria para diminuir índices de evasão e reprovação
18 dezembro
14:50 2013

O sonho de Mariana Silveira, 19 anos, é ser professora. Determinação não falta a jovem do interior de Monte Bonito (RS), que tem driblado as dificuldades impostas pela vida para poder levar adiante seus estudos. Considerada exemplar pela maioria de seus professores, ela foi um dos 14 estudantes selecionados para integrar o Projeto Integrado de Monitoria, iniciativa que saiu do papel no ano passado e tem como objetivo diminuir os índices de evasão e reprovação no câmpus Pelotas, maior escola do IFSul com mais de 5 mil alunos.

Inicialmente, o projeto foi criado em 2011 e implantado no ano passado pelo professor Róger Albernaz de Araujo, para atender alunos de graduação, nas áreas de Engenharia Elétrica, Tecnologia Ambiental, Informática, Design e Formação Geral Integrado nas disciplinas de Química, Física e Matemática. A ideia caiu no gosto da supervisora pedagógica do câmpus Pelotas, Rosane Bom Hüsken, que resolveu adotá-la também nos cursos técnicos.
“Percebi que havia uma necessidade de ampliar esse projeto inicial para os cursos técnicos, atendendo às disciplinas que mais reprovam e levam muitos alunos a desistir”, lembra.

Conforme a supervisora pedagógica, o Projeto Integrado de Monitoria contempla, hoje, os cursos técnicos em Eletromecânica, Eletrotécnica, Eletrônica, Mecânica, Edificações, Química e Telecomunicações. Os 14 monitores selecionados via edital interno são os próprios estudantes dos últimos semestres desses cursos, que se destacaram no processo pelo excelente desempenho acadêmico.

Cada um recebe uma bolsa de R$496,00 mensais para ajudar alunos com dificuldade de aprendizagem em determinadas disciplinas. Auxílio financeiro que é visto como um grande incentivo pela estudante e agora monitora na Eletrotécnica, Mariana Silveira.
“Sem dúvida, essa bolsa estimula bastante. Além disso, é gratificante você poder ajudar um colega com dificuldade e, ao mesmo tempo, revisar novamente a matéria dada em sala de aula, reforçando seu próprio aprendizado”, comenta.

Enquanto segue sua caminhada acadêmica, Mariana vai realizando o sonho de ser professora nas segundas, quartas e quintas-feiras pela manhã, quando recebe colegas “desesperados”, alguns prestes a largar o curso.Bruno Alves não chegou a esse ponto. Ao primeiro sinal de dificuldade, o estudante do segundo semestre de Eletrotécnica tratou logo de recorrer ao serviço de monitoria para evitar dor de cabeça futura.
“Depois da monitoria, fica mais fácil de entender o conteúdo. Com essa ajuda, é melhor para fazer os exercícios porque o monitor vai mostrando os erros que não percebo em aula”, elogia.

A supervisora Rosane explica que é oferecida monitoria nos três turnos (manhã, tarde e noite) a alunos com necessidade de apoio. O atendimento pode ser individualizado ou em grupos de estudos, nas disciplinas que apresentam o maior índice de reprovação em cada um dos sete cursos técnicos.

Implantado nos cursos técnicos há três meses, o projeto apresentou resultados positivos já na sua primeira avaliação. O levantamento mostra que a maior parte dos alunos atendidos pela monitoria foi aprovada nas disciplinas consideradas “difíceis”. O desempenho mais impressionante foi em Eletrônica, onde o índice atingiu os 90%.

“Durante os atendimentos, também houve demandas por auxílio em outras disciplinas não ofertadas inicialmente. Esses dados já foram coletados, e a expectativa é que possamos ampliar e divulgar ainda mais o projeto em 2014”, adianta Rosane.

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