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CULTURA PAMPEANA : Dicionário mapeia a identidade sulina

CULTURA PAMPEANA :  Dicionário mapeia a identidade sulina
09 abril
08:44 2019

Por Carlos Cogoy

Em dois volumes, uma obra cuja dedicação exigiu quase vinte anos. Lançada postumamente em março – o autor faleceu ao fim de 2018 -, nesta terça chega à cidade o Dicionário do Schlee. Com 989 páginas, o Dicionário da Cultura Pampeana Sul-Rio-Grandense, resultado da pesquisa do escritor e professor jaguarense Aldyr Garcia Schlee, terá lançamento às 10h no salão nobre da Prefeitura. No evento, aberto à comundiade, autoridades, familiares e amigos do escritor. Conforme divulgação, exemplares serão encaminhados a instituições culturais, escolas e bibliotecas. O trabalho, iniciado pelo autor em 2001, foi viabilizado através do Procultura/RS, com patrocínio da empresa química e petroquímica Braskem, e produção da ATO. Organizadores acrescentam que, após os lançamentos, a obra estará disponível para dowload na internet.

OFICINA – Na programação local também estará acontecendo oficina. Com o enfoque em educação patrimonial “Entre guascas e mates”, o evento abordará sobre o couro e o chimarrão. A explanação será com Rodrigo Lobato Schlee e Fernanda Valente de Souza. A oficina, com duas turmas, terá atividade pela manhã das 9h30min ao meio-dia, e à tarde das 15h às 17h30min. Como local, o Instituto João Simões Lopes Neto – rua D. Pedro II 810. As vagas são limitadas, e inscrições podem ser solicitadas através do email: [email protected]

Nesta terça às 10h, lançamento do Dicionário do Schlee na Prefeitura

Nesta terça às 10h, lançamento do Dicionário do Schlee na Prefeitura

JAGUARÃO – Na terra natal do autor, também acontecerá lançamento e oficina nesta semana. Conforme divulgação, as atividades serão quinta-feira, e acontecerão na biblioteca da UNIPAMPA. A oficina também será realizada com turmas pela manhã e tarde.

ARTE GRÁFICA – Dicionário é publicado sob o selo “Fructos do Paiz”, e o projeto gráfico é de Valder Valeirão. Ele divulga: “Numa das últimas vezes que encontrei o Schlee, ele estava atravessando lentamente a Praça Coronel Pedro Osório. Seguia em direção à sua casa, e fui dizendo ‘Tá bonito esse cabelo comprido Schlee’. Ele respondeu: ‘o meu não, o teu’, e soltou uma risada. Nessa premissa cabe a síntese da minha relação com ele, uma amizade de boas risadas e papos sobre livros. Mas não sobre ler ou escrever, e sim sobre fazer livros. Sempre, ou quase sempre que nos encontrávamos, era o encontro de dois artistas gráficos. E lá se ia muito tempo de conversa, falando sobre livros, ilustrações, jornais, revistas, a história das artes gráficas no Brasil. E, junto a ele, tive a felicidade de fazer o ‘dicionário Schlee’, uma obra imensa, idealizada, sonhada e realizada com dignidade exemplar. Juntos, trabalhamos durante quase três anos nos dois volumes. Então quase sinto a angústia dele por não estar aqui, e poder ver o dicionário pronto. Mas, ao mesmo tempo, guardo a beleza de perceber que, nem tudo que se faz nessa vida é pra gente. Às vezes, é pra vida. Assim, todo meu respeito e afeto a essa figura grandiosa que é Aldyr”.

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