Diário da Manhã

sexta, 26 de abril de 2024

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OPERAÇÃO CASA DAS ILUSÕES : Desmontado grupo criminoso que vinha agindo em ONG’s

01 outubro
09:23 2020

Em Pelotas os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão

A Polícia Civil deflagrou na quarta-feira, a Operação Casa das Ilusões, e cumpriu oito mandados de busca e apreensão, sendo três em Pelotas, e cinco na cidade de Santa Maria.

Como alvo, grupo criminoso que vinha agindo na ONGs CASA MARIA e AFECRIANÇA. Houve apreensão de documentos, agendas, computadores, e telefones celulares.

Documentos, celulares e computadores, foram apreendidos

Documentos, celulares e computadores, foram apreendidos

Além disso, também foi realizado o sequestro de bens como veículos e imóveis. A operação teve como objetivo afastar os gestores, funcionários e membros das diretorias, além do bloqueio e sequestro de bens móveis e imóveis, dos integrantes do grupo criminoso. No total, 22 pessoas são investigadas.

DESVIO DE DOAÇÕES – O trabalho de investigação iniciou após denúncia anônima. A informação era que um grupo criminoso desviava doações das ONG’s em proveito próprio. Conforme informações que chegaram à Polícia, apesar de prestarem atendimento a pacientes, o pano de fundo da arrecadação de doações, era desviar para proveito dos gestores, e alguns funcionários que participavam da ação.

No âmbito da Casa Maria estariam sendo criadas campanhas para assistência a pacientes inexistentes, e arrecadação de doações para compras de produtos, cujo montante superava o efetivamente necessário. Para isso, possibilidade do uso de dados de pacientes já falecidos.

Dentre os fatos apurados, foi verificado que até uma cadeira de rodas elétrica, entregue por um doador, foi levada para a casa dos gestores. Imagens registradas pela investigação, flagraram crianças brincando com a cadeira no condomínio do casal investigado.

Os gestores, conforme divulga a Polícia, têm uma vida de luxo e ostentação, apresentando um padrão de vida incompatível com a renda familiar.

Além disso, os investigados já são processados por estelionato, no qual o “modus operandi” é similar à investigação atual. O volume de doações é elevado, sendo que a arrecadação se dá através de vinte operadoras de telemarketing que, durante horário comercial, fazem ligações para centenas de pessoas em dezenas de cidades do estado do Rio Grande do Sul e de outros Estados. A equipe capta doadores, e arrecada valores.

A metodologia de arrecadação se dá através de depósitos bancários, assim como em espécie, seja pela entrega de valores diretamente na ONG, ou com a utilização de serviço com motos, que arrecada as doações e repassa aos gestores.

Informações preliminares dão conta que as operadoras de telemarketing são comissionadas. Os gestores contam com o apoio de alguns funcionários, dentre os quais a assistente social responsável pela elaboração de campanhas fictícias. Existem denúncias de assédio moral e ameaças a funcionários que não compactuam com o que ocorre dentro da Casa Maria.

Também há denúncias de assédio moral e ameaças, realizados aos funcionários que não compactuavam com o golpe.

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