Diário da Manhã

No último domingo, dia em que a morte do ex-governador Leonel Brizola completou 11 anos, lideranças do PDT promoveram uma série de homenagens em São Borja, cidade onde ele está sepultado. A Câmara de Vereadores realizou sessão solene. Logo após, rosas foram depositadas sobre o túmulo dele, no Cemitério Jardim da Paz.

“Esse dia 21 é dia de deixar uma rosa no túmulo de Leonel Brizola, assim como ele fazia com Getúlio, para mostrar que nós sabemos de onde viemos”, disse a deputada estadual Juliana Brizola, neta do líder trabalhista.

O tom principal dos discursos foi o compromisso que a atual geração mantém com as bandeiras históricas do partido, como a defesa de uma educação pública de qualidade.

“Foi-se o Brizola, mas ficou seu legado e sua referência. Todos nós somos herdeiros de Brizola”, discursou o presidente estadual da sigla, Pompeo de Mattos.

Rosas foram depositadas sobre o túmulo de Leonel Brizola no cemitério em São Borja

O secretário da Educação, Vieira da Cunha, lembrou que hoje, passados mais de 30 anos desde o início da construção dos CIEPs no Rio de Janeiro, o Plano Nacional de Educação coloca o Ensino em Tempo Integral como uma prioridade.

“Essa é a diferença de Brizola para a maioria dos políticos. Ele enxergava adiante do seu tempo. Aquilo que ele fez há mais de 30 anos, hoje é reconhecido como uma política pública de educação nacionalmente, nos Estados e nos municípios”, lembrou Vieira, acrescentando que o tema consta também no Plano Estadual de Educação, que tramita na Assembleia Legislativa e deve ser aprovado esta semana.

O ato no cemitério Jardim da Paz acabou da mesma forma com a qual Brizola costumava encerrar atos partidários: entoando o Hino da Independência. Quem puxou o coro foi o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que viajou ao Estado especialmente para as homenagens.

“Brizola era um patriota. Se tem uma palavra que pode resumi-lo é esta. Ele amava profundamente a pátria brasileira, e não media sacrifícios para demonstrar esse amor”, disse Lupi.