SALVE ARTE : Som latino-americano, teatro e música black
Por Carlos Cogoy
Em dezesseis programas transmitidos através do canal “Salve Arte Festival” no Youtube, perspectiva de contemplar 224 artistas de Pelotas e região. O festival idealizado pelo músico e produtor pelotense Kako Xavier, viabilizado através da Lei 14.017/2020 – Lei Aldir Blanc -, através do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Sedac, tem promovido a valorização e integração de músicos, intérpretes, atores e bailarinos. Com estrutura que possibilita o pagamento de cachê aos participantes, o Salve Arte terá atividades até 26 de junho, quando será divulgado programa especial. Nesta terça às 20h, webprograma 13, com abordagens sobre produção cultural, teatro, música black e som latino-americano. O festival conta com apoiadores: DIÁRIO DA MANHÃ; TVE; FM Cultura; União FM; Prefeitura Municipal de Pelotas; Osirnet; TV Nação Preta. Na internet: salveartefestival.com
TEATRO com o ator Thairone Dorneles, que apresentará a contação “Os 3 desejos”, quadro do projeto “Histórias da Vó Selma”. A obra de Charles Perrault foi adaptada ao contexto gauchesco. As criações de Thairone, são veiculadas no canal Professor Arteiro no Youtube. Os arranjos são autoria do músico Gustavo Baldi. Como padrinho de Thairone, apresentando o artista da região, produtor e diretor teatral Douglas Castro. Ele declara: “O Salve Arte acontece num período muito importante, pois talvez seja uma das maiores crises da cultura. Além da pandemia, que necessariamente restringe as atividades, também sabemos que a cultura não é prioridade para o atual governo. Mas, devemos resistir. E é isso que o Salve Arte tem feito, resistência e apoio ao artista local em tempos tão incertos”.
PRODUÇÃO CULTURAL com Vinícius Moraes, que há dez anos atua em diferentes frentes e conexões. Na trajetória, integrou o Centro Cultural Marrabenta, organizou o Festival BozBrasil, e participa de projetos como Kanimambo e Madaucane Arte em Batique. Como madrinha, percussionista Nila Fola de Porto Alegre. Ela observa: “É extremamente importante mostrar essa região que é tão criativa, específica e principalmente nesse período pandêmico, onde o nosso trabalho já ficou restrito no sentido laboral de subsistência, e também porque a arte para nós é orgânica e visceral, e faz sentido para nossas vidas”.
EDUCAÇÃO através da participação de Camila Hein. A artista aborda a trajetória, desde o Mafuá das Artes há mais de vinte anos, até ações mais recentes. Com madrinha, a artista visual Francis Silva, que menciona: “Levei um susto por receber o cachê do projeto, é incrível. Inicia-se uma nova era cultural? Espero que esse apoio a projetos, desde os organizadores, até políticas públicas, torne-se constante. É superimportante essa valorização. Estimula, enaltece”.
MÚSICA com o Bando de Coraina, que surgiu há dezoito anos na praia do Cassino em Rio Grande. Reunindo estudantes da FURG, o grupo toca forró, e será apresentado pelo padrinho Thiago Ramil. A participação será com três músicas autorais, inclusive um xote de amor. Já a música latino-americana, com sotaque gaúcho, será com Negrinho Martins e Geovane Marques. Como padrinho, músico James Liberato de Porto Alegre. Da fronteira Rio Branco/Jaguarão, cantora Laura Correa e o instrumentista Igo Santos. A madrinha é Ana Paula Santos. E a música black com Vagnotreta, que será acompanhado por Menega (contrabaixo), Jefinho Jackson (teclado). A madrinha é Andrea Cavalheiro de Porto Alegre. Vagnotreta destaca a qualidade oferecida pelo festival.