Mão de Obra Prisional constrói estacionamento na Avenida 25 de Julho
Fica pronto na próxima sexta-feira (4), o estacionamento da Avenida 25 de Julho, construído pelos apenados do projeto Mão de Obra Prisional (MOP) a partir do material feito na fábrica de artefatos de concreto do Presídio Regional de Pelotas, (PRP), chamada de ArtConP. As duas iniciativas fazem parte do Pacto Pelotas pela Paz, e têm o objetivo de promover a ressocialização e evitar a reincidência no crime.
A obra está sendo executada com blocos de cimento, também conhecidos pela nomenclatura une stain, fabricados na ArtConP. De acordo com Hamilton Martins, coordenador geral dos trabalhos, os apenados também ficaram responsáveis por construir o meio-fio do estacionamento.
“Com a retirada das vagas nos dois lados da via [avenida 25 de Julho], para melhorar o fluxo e a mobilidade, precisávamos dar algumas opções de parada no local. Além de colocar placas de 15 minutos na via transversal, optamos por fazer o estacionamento no lado destinado a uma futura duplicação desta avenida”, detalhou o secretário de Obras e Pavimentação (Smop), Giovan Pereira.
Atualmente, o programa conta com 22 integrantes monitorados (que usam tornozeleira eletrônica) – que participam do Mão de Obra Prisional e do ArtConP – e dez presos do regime fechado, que atuam na fábrica de artefatos dentro do PRP.
Ainda segundo Hamilton, os trabalhos são executados com o auxílio de coordenadores de equipes e com a estrutura operacional da Smop, que também cede trabalhadores para ajudar. A previsão de entrega da obra é na próxima sexta-feira. Ainda resta finalizar a pintura e limpeza do local, além de alguns ajustes das laterais do entorno.
A importância da ressocialização
Trabalhos como este, proporcionados por meio dos projetos vinculados ao Pacto Pelotas pela Paz, geram um retorno extremamente vantajoso para a sociedade. Na visão de Hamilton Martins, com o trabalho realizado pelos apenados, a comunidade pelotense poderá usufruir de um serviço de boa qualidade, executado de maneira rápida e prática. Além disso, isso implica diretamente na redução da criminalidade.
O ponto crucial desta ação está voltado aos presos. Com os programas, como o Mão de Obra Prisional e o ArtConP, oportunidades são geradas. Isso recupera a autoestima e resgata a dignidade. Dessa forma, eles se sentem mais valorizados, o que contribui para o início da sua ressocialização.
“Desenvolvendo estas atividades, com coordenação e supervisão, esta mesma pessoa retornará à sociedade no final de sua pena, com mais uma possibilidade de trabalho e, também, proporcionando a redução de reincidência no crime”, justificou Hamilton.