FUTEBOL : A pouco emérita Copa América
Emérito, pelo dicionário Oxford, se afirma de algo muito experiente ou prestigiado. Bom, a Copa América é o torneio mais antigo de seleções pelo mundo, sendo disputada desde 1916, ou seja, é mais do que centenária. Se é experiente, a parte do prestígio vem naufragando com os impasses que a cercam durante o período de pandemia. Negligenciada pela Colômbia, pela crise política, e pela Argentina, pelas novas restrições contra o coronavírus, a Copa América foi recebida de braços abertos pelo Governo Federal brasileiro. Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro devem receber os jogos a partir de 11 de junho, indo até 10 de julho.
Os jogadores ameaçaram boicotar a competição. Tratativas e conversas se desenrolaram na última semana, mas, de acordo com as informações de segunda-feira (7), eles aceitaram disputar o torneio. Um boicote, organizado pelo elenco, seria inédito, mas a Copa América também já foi desprestigiada pelo Brasil em outras edições, com desconvocações a pedido de atletas e também convocações bem alternativas.
O técnico Tite deve se manifestar nesta terça (8), após o duelo contra o Paraguai, pelas Eliminatórias, de início às 21h30, em Assunção. O treinador ameaçava deixar o cargo, mas parece se entender, por ora, com Antônio Carlos Nunes, presidente em exercício da CBF. Cercada de crises, vem aí a Copa América de junho.
Presidente da CBF é afastado após denúncia de abuso moral e sexual
A comissão de ética do futebol brasileiro determinou o afastamento de Rogério Caboclo da Confederação Brasileira de Futebol, após acusação de assédio moral e sexual feita por uma funcionária da entidade. Caboclo tem um afastamento temporário de 30 dias, mas tudo indica que não retorna para o cargo máximo da CBF. As provas, com gravações, são muito fortes contra o dirigente.
Antônio Carlos Nunes, o coronel Nunes, é o substituto de Caboclo na entidade. Nunes quer manter o técnico Tite no cargo, após especulação de que Renato Gaúcho poderia assumir o comando da seleção brasileira no campo. Colecionadores de polêmicas em escândalos de corrupção, a CBF teve nos últimos 30 anos as presidências de Ricardo Teixeira (até 2012), José Maria Marin (2012-2015) e Marco Polo del Nero (2015-2017). Coronel Nunes retorna após passagem entre 2017 e 2019.
Com informações EBC