Diário da Manhã

terça, 24 de dezembro de 2024

Notícias

 Mais recentes

Inflação do aluguel desacelera em junho, diz FGV

Inflação do aluguel desacelera em junho, diz FGV
30 junho
08:44 2021

Em 12 meses, o índice acumula variação de 35,75%

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), normalmente usado para reajustar os contratos de aluguel, desacelerou em junho e fechou o mês com variação de 0,60%, depois de subir 4,10% em maio. Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

Com o resultado de junho, o índice acumula alta de 15,08% no ano e de 35,75% em 12 meses. Segundo o instituto, em junho de 2020 o índice havia subido 1,56% e acumulava alta de 7,31% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) também desacelerou em junho, variando 0,42%, depois de subir 5,23% em maio. O coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV, André Braz, disse que a desaceleração decorre da valorização do real e do recuo do preço de commodities.

“A combinação da valorização do real com o recuo dos preços em dólar de commodities fez o grupo matérias-primas brutas do IPA cair 1,28% em junho, ante alta de 10,15% no mês passado. Com este movimento, a taxa registrou expressiva desaceleração fechando o mês com alta de 0,42%”, informou o instituto.

Por estágios de processamento, o grupo bens finais subiu 1,32% em junho. No mês anterior, o índice havia registrado alta de 1,59%. O subgrupo alimentos processados deu a principal contribuição para a desaceleração, passando de 2,98% para 2,45%.

O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,95% em junho, desacelerando ante a alta de 2,08% verificada em maio.

No grupo Bens Intermediários, a taxa passou de 2,59% no mês passado para 1,78%. O principal responsável pelo movimento de desaceleração foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 3,32% em maio para 1,71% em junho.

O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 2,03% em junho, contra 3,00% em maio.

No estágio Matérias-Primas Brutas, o índice caiu 1,28% em junho, depois da alta de 10,15% em maio. O recuo foi influenciado pelos itens minério de ferro (20,64% para -3,04%), soja em grão (3,74% para -4,71%) e milho em grão (10,48% para -5,50%). As principais altas foram no leite in natura (1,24% para 6,20%), bovinos (0,41% para 1,19%) e aves (3,82% para 4,96%).

IPC

O Ibre/FGV divulgou também o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que variou 0,57% em junho, próximo à variação de 0,61% em maio. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, cinco tiveram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que passou de 0,89% para 0,07% de maio para junho. A taxa de medicamentos em geral passou de 2,39% para 0,62% em junho.

Outros grupos que apresentaram decréscimo em suas taxas foram os de Comunicação (0,67% para -0,03%), Habitação (1,16% para 1,10%), Educação, Leitura e Recreação (-0,59% para -0,69%) e Vestuário (0,45% para 0,40%). Tiveram destaque o combo de telefonia, internet e TV por assinatura, que passou de 1,35% em maior para -0,03% em junho; a tarifa de eletricidade residencial (4,38% para 3,30%), boneca (1,40% para -0,41%) e calçados (0,57% para -0,02%).

Por outro lado, os maiores aumentos de preço foram verificados nos grupos Transportes, que passou de 0,75% em maio para 1,43% e junho, e Despesas Diversas, que passou de 0,19% para 0,29%. Os destaques dessas classes foram a gasolina (1,03% para 2,72%) e alimentos para animais domésticos (1,02% para 2,60%).

O grupo Alimentação teve alta de 0,31% em junho, mesma taxa de maio, com destaque para a alta dos laticínios, que foram de 0,15% para 1,86%, e as hortaliças e legumes que baixaram de 0,43% para -4,06%.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou em junho, com alta de 2,30% depois da alta de 1,80% em maio. Entre os componentes do INCC, Materiais e Equipamentos desaceleraram de 2,93% em maio para 1,75% em junho, Serviços passaram de 0,95% para 1,19% e Mão de Obra foram de 0,99% para 2,98%.

Comentários ()

Seções