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terça, 24 de dezembro de 2024

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Como se formam os ídolos?

Como se formam os ídolos?
23 julho
09:55 2021

Por: Vernihu Oswaldo

Editor do canal Allímpico

“Todos somos selênio”: é assim que Matt Haig define a raça humana. Todos somos formados pela mesma matéria-base. Todos somos formados por poeira estelar. Mas, então, porque alguns de nós se tornam tão importantes? Como essas pessoas são escolhidas? São questionamentos discutidos há séculos… Talento não basta: esforço, treino, cansaço, suor e lágrimas ajudam bastante, mas também não são a garantia.

Algumas vezes os ídolos não se formam naturalmente e poderíamos passar anos discutindo se tiveram a atenção suficiente da mídia, ou se foram suficientemente lembrados. Por nada não, mas a coisa mais bonita que pode acontecer é o reconhecimento em vida. Nos últimos anos as pessoas fortes do esporte brasileiro vêm recebendo essa justiça. Vanderlei Cordeiro acendendo a pira na Rio 2016? Justiça! Um momento eternizado.

Em Tóquio, veremos outra justiça realizada. Carregar a bandeira brasileira em uma cerimônia de abertura de Olimpíada é uma honra para qualquer atleta. Nos últimos anos tivemos Robert Scheidt, Rodrigo Pessoa e Yanne Marques. Em Tóquio teremos o primeiro par de atletas. E que casal! Bruno Rezende e Ketleyn Quadros, que, infelizmente, ainda é pouco lembrada. Mulher. Negra. Judoca. É a primeira brasileira a ganhar uma medalha olímpica em competição individual.

Bruninho dispensa predicados: dono de três medalhas olímpicas, um dos maiores levantadores da história do vôlei, e, é claro, filho de Bernardinho, o maior treinador da história, e de Vera Mossa, que defendeu o Brasil em três olimpíadas. Um brinde a Bruninho e a Ketleyn. Justiça seja feita, carregar a bandeira do Brasil não é para qualquer um. Bruninho e Ketleyn fizeram história competindo e fazem história com essa honraria.

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