Diário da Manhã

sábado, 23 de novembro de 2024

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Abertura da Paralimpíada de Tóquio

Abertura da Paralimpíada de Tóquio
25 agosto
09:07 2021

Por: Vernihu Oswaldo

Editor do canal ALLímpico

Não vivemos o momento mais tranquilo da humanidade. Vivemos um momento de total profusão de tudo que acreditávamos. As fronteiras já não são sólidas. O homem não é o senhor da natureza. Um simples vírus pode pôr para baixo todas as estruturas sociais que demoraram séculos para se formarem. As crenças, os dogmas, as leis: todas são postas em xeque.

Mas, em uma coisa, nós ainda acreditamos: no brilho do olhar de uma criança. A abertura da Olímpiada de Tóquio foi, literalmente, sóbria. Sem brilho. Sem sorrisos. Ainda chorava-se mais recentemente pela morte de milhões. Olhávamos juntos para o futuro, mas com parcimônia. Os Jogos Olímpicos vieram e nos deram um banho de humanidade. De alegria.

E agora, como em um último ato shakespeariano, as Paralimpíadas aparecem como um sonho em uma noite de verão. A abertura, muito mais bela, convidou o mundo para sonhar. A garotinha se livrou de suas deficiências e se tornou um avião. Um avião imenso em decolagem, capaz de carregar o mundo em suas asas.

E assim decolamos, rumo ao novo. A certeza de que, enquanto mantivermos a faísca acesa, a tocha, o olhar, o sorriso, a esperança, o mundo será bom, Sebastião! O mundo é bom e o futuro será brilhante. Aos que embarcaram no avião rumo ao desconhecido, ficam nossas saudades e o carinho. Aos que ainda estão: me dê sua mão! Vamos juntos e para sempre!

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