Divisão de Acesso traz briga intensa pela classificação
Por: Henrique König
O Campeonato Gaúcho da Divisão de Acesso se tornou mais abrangente que a primeira divisão estadual. São 16 clubes nela contra apenas 12 no reduzido Gauchão de interesses grenais. A Série A2 oportuniza o interior a brigar efetivamente pelo título, geralmente sendo imprevisível quem despontará no início do torneio. É preciso unir a técnica, a tática com a raça em campo para superar os desafios.
Após cinco rodadas, no Grupo mais ao Sul, a liderança é do Avenida, invicto com quatro vitórias e um empate. O Nida venceu o clássico da sua região contra o Guarani de Venâncio por 3×1, confirmando a liderança para o time de Márcio Nunes. Na fronteira do Sul, o clássico Ba-Gua do dia 5 de setembro promete. Isto porque o Guarany do técnico Badico largou bem na competição: é vice-líder com três vitórias e dois empates. Porém, o Grêmio Esportivo Bagé trocou de treinador e Fabiano Daitx vem com tudo. Após assumir, o time está invicto. Nas duas últimas rodadas venceu o Guarani de Venâncio e o lanterna São Gabriel. Antes do clássico na Rainha da Fronteira, o Guarany recebe o São Paulo de Rio Grande. O Bagé visita o Inter de Santa Maria.
O São Paulo oscila, com três vitórias e dois empates, mas, por enquanto está na zona de classificação para as quartas de final. O último da chave é o São Gabriel, do técnico pelotense Antônio Freitas, responsável pelo último acesso do GA Farroupilha, em 2018.
Na outra chave, o Veranópolis, após quase três décadas na primeira divisão, está disposto a voltar para elite. É líder, seguido por Cruzeirinho e Glória de Vacaria. O Grupo está bastante parelho. Na briga por baixo, Igrejinha e Tupi somam 4 pontos e a lanterna de momento é do Passo Fundo com 3.
O técnico Fabiano Daitx, do Bagé, é um dos mais entusiastas e enérgicos defensores do futebol do interior. Em entrevista, comentou que clubes de tanta história não podem ficar parados a maior parte do ano. Os Estaduais precisam ser cada vez mais repensados, como mercado de trabalho para comissão técnica e atletas, além de atrair a atenção do público por mais meses. “Impossível construir projetos nos clubes mudando tudo a cada temporada, disputando quatro meses e parando oito”, afirmou.