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sábado, 23 de novembro de 2024

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Sala de Lutas da Esef recebe o nome de Paulo Brod

Sala de Lutas da Esef recebe o nome de Paulo Brod
27 outubro
09:02 2021

O pioneiro do judô em Pelotas agora dá nome à Sala de Lutas da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas (Esef/UFPel), que passa a chamar-se “Sala de Lutas Professor Paulo Alberto Lemos Brod”. A cerimônia foi realizada sábado, data em que Brod completaria 84 anos. Na ocasião, familiares, ex-alunos e admiradores estiveram reunidos para lembrar sua trajetória e reverenciar seu papel na consolidação do judô na região sul do estado. Um homem de visão e que dedicava sua atenção ao desenvolvimento social e à educação. Assim é lembrado Paulo Brod, que também é um dos fundadores da Esef. “As coisas não se dão ao acaso; são uma construção. Queremos valorizar toda a contribuição que ele trouxe para a comunidade e o alcance que isso teve. O trabalho dele atingiu a vida das pessoas. Por isso, a gente acredita num líder que faz”, destacou o diretor da Esef, professor Eduardo Merino.

Na ocasião, familiares, ex-alunos e admiradores estiveram reunidos para lembrar sua trajetória e reverenciar seu papel na consolidação do judô na região sul do estado.

Brod era natural de Pelotas, mas foi atuando como paraquedista militar, no Rio de Janeiro, em 1958, que aprendeu judô. Em 1959 retornou à cidade natal e trouxe a modalidade consigo. Naquela época, ainda era faixa verde, e por isso seguiu seus estudos em Porto Alegre. Como profissional mais experiente da cidade, fundou o Judô Clube Hércules, em 1965, que veio a se chamar Judô Clube Pelotense e, após seu falecimento, aos 33 anos, a entidade ganhou seu nome. A gestão passou a ser de seu irmão e primeiro aluno, Celso Brod, que seguiu fomentando o esporte na região. “Com seu entusiasmo e dinamismo ele pôde incentivar outros jovens na prática do judô”, relembra o irmão. Uma ata do Conselho Municipal de Desporto, datada de 1969, mostra que Paulo Brod foi um dos que propôs a formação de uma escola para formação de professores, sendo considerado fundador in memoriam da Esef.

O homenageado também era professor da rede estadual e ministrava aulas gratuitas para crianças em sua academia, chegando a atender cerca de 200 jovens. “Era uma pessoa que tinha visão de futuro baseado na educação e na importância do esporte para o desenvolvimento social”, salienta Merino.

Presente na homenagem, o filho de Paulo Brod, André Brod, disse que o momento era de muito orgulho pelo trabalho que o pai realizou. “Ele era muito idealizador e seu trabalho tinha foco na assistência social. É muito emocionante saber que não só a história dele, mas do judô, pode abrir horizontes”, afirma.

SALA DE LUTAS

A Sala de Lutas da Esef é um espaço que congrega o projeto de extensão “Judô para a Comunidade”, que tem cerca de 20 participantes e promove o esporte junto à formação de profissionais e a pesquisa “A Época de Ouro do Judô Pelotense”, que faz um resgate da história do judô no município, em especial à sua década mais frutífera: 1970-1980.

MUSEU VIRTUAL DO JUDÔ
As histórias e memórias do judô pelotense estarão reunidos no Museu Virtual do Judô, em elaboração pela Esef. No espaço virtual, fotografias, documentos, depoimentos e outros elementos estarão em exposição. A intenção é que o lançamento ocorra no início de novembro. As primeiras mostras irão focar no Judô de Pelotas e no Judô Feminino – com destaques como a primeira mulher faixa-preta e a primeira professora graduada.

A proposta é que o Museu não seja apenas contemplativo, mas que a comunidade possa enviar suas recordações para compor o acervo. O Museu Virtual do Judô irá compor a Rede de Museus da UFPel e poderá ser acessado em site próprio e nas redes sociais Instagram e Facebook. “Queremos tornar pública essa memória e não deixar a história se perder, mostrando a importância do esporte para o desenvolvimento social, econômico, cidadania e formação”, pontuou o diretor.

O estudante Leandro Souza Borges, do quinto semestre de Educação Física, é o responsável pelo Museu e destaca que muitas vezes mesmo quem pratica um esporte não conhece a história de seu desenvolvimento. “O Museu vai valorizar a modalidade e aqueles que contribuíram para que ela surgisse e se desenvolvesse aqui”, comenta. Segundo ele, a experiência também contribui na formação dos futuros profissionais da Educação Física. “É uma experiência nova, que me tira da zona de conforto e me leva a buscar novos conhecimentos”, relata.

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