Pais devem reforçar cuidados com os filhos durante o verão
Perigos nos meses de calor podem estar no mar, na piscina e até mesmo na alimentação dos pequenos
Não é recomendado expor bebês menores de seis meses ao sol, exceto por períodos curtos e respeitando o horário do sol, sempre protegidos com roupas e chapéus – Foto: Wilson Lima
Tradicional período de descanso e lazer, os meses de verão forçam os pais a reforçarem alguns cuidados com as crianças. De acordo com a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, além dos perigos no mar, na piscina e na areia, os responsáveis devem prestar atenção em fatores como a alimentação, a vestimenta e a exposição ao sol. Membro da entidade, a pediatra Roseli Kripka ressalta que a alimentação deve ser variada, composta de legumes, verduras carboidratos (arroz, batata, polenta), proteína animal (carnes, aves, peixes) e proteína vegetal (feijões, lentilha, grão de bico).
– As carnes, os peixes e as aves devem ser cozidos, assados ou grelhados. Cuidado sempre na aquisição e conservação, pelo risco de contaminação. Um prato colorido é sempre mais atraente para a criança. Uma dica é colocar os alimentos em porções pequenas, adequadas a idade da criança, sem forçar a alimentação. Nunca guardar para outra refeição o resto da comida que sobrou no prato pelo alto risco de contaminação – afirma a pediatra.
Em dias muito quentes, o apetite pode estar diminuído, então é importante que os pais ofereçam frutas frescas da estação, sucos naturais sem adição de açúcar e muita água. Em caso de negativas dos pequenos, é indicado que sejam oferecidos alimentos com maior frequência. Para o preparo dos pratos, não esquecer de higienizar adequadamente frutas, legumes e verduras, além de sempre lavar bem as mãos.
Para quem vai aproveitar os meses quentes do ano viajando, é indicado separar roupas leves para levar, programar a viagem em horários de menor intensidade de trânsito. Caso seja uma viagem longa, organizar paradas para descansar, beber água e alimentar as crianças. O vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Marcelo Pavese Porto alerta que os pais devem verificar se a criança está com a carteira de vacinação em dia, antes de iniciar uma viagem.
Reaplicar o protetor solar a cada duas horas ou menos, se a criança tiver brincado muito na água – Foto: VT / Arquivo DM
– Conforme a idade da criança, é aconselhável preparar algum tipo de entretenimento para o transcurso da viagem, deixar a criança confortável para viajar e proteger da incidência direta do sol. Se for viagem de avião, ter alguma mamadeira para a criança sugar na aterrissagem. Aqueles que mamam no peito, oferecer especialmente durante os procedimentos de aterrissagem, para não causar dor no ouvido. Para os maiores é indicado oferecer um chiclete – destaca Marcelo Pavese Porto.
No destino da viagem, os cuidados devem ser redobrados. O pediatra alerta para nunca deixar o filho brincar sozinho na água. Crianças nunca podem ficar sem acompanhamento de um adulto em piscinas, ou qualquer tipo de água. Evitar, também, correrias ao redor da piscina e não permitir brincadeiras de afogar ou de empurrar. Evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h horas e sempre com fotoprotetores. Utilizar outras formas de proteção ao sol, como roupas com tecidos protetores, chapéus e óculos.
– Todas as partes do corpo devem ser protegidas, mas especialmente as mãos, o rosto, nariz, orelhas, pernas e pés, que são mais expostos ao sol que as outras partes, que podem ser cobertas. Lembrar sempre de utilizar chapéus ou bonés – lembra o pediatra.
As crianças podem e devem usar óculos escuros, desde que sejam de marcas respeitadas, com lentes boas e nunca óculos de camelôs ou óculos de brinquedo. Protetores solares são recomendados para crianças a partir de seis meses de idade. Porém, não é recomendado expor bebês menores de seis meses ao sol, exceto por períodos curtos e respeitando o horário do sol, sempre protegidos com roupas e chapéus. Outra dica é que os pais desenvolvam atividades na sombra para diminuir o período de exposição ao sol. Reaplicar o protetor solar a cada duas horas ou menos, se a criança tiver brincado muito na água. Na dúvida de como proceder, é aconselhável procurar um pediatra.
